Lupas (122)

Fiquei empolgado assistindo esse filme como há muito tempo não me sentia. É o primeiro filme de Lanthimos que assisto, claro que tem muitos elementos bizarros e extravagantes, mas o visual é absolutamente lindo, diálogos primorosos, roteiro preciso na adaptação do livro, e principalmente uma atuação extraordinária de Emma Stone. Filmaço.

Sem dúvidas o filme tem inúmeros méritos, especialmente a parte técnica. As cenas de boxe são muito bem filmadas e justificam plenamente o Oscar pela montagem, assim como a estatueta de Melhor Ator para De Niro - apesar que já o vi tendo atuações muito superiores a esta. A ruína crescente da vida pessoal de um homem extremamente rude, egoísta e ciumento, retratada com competência aqui por Scorsese, não me empolgou, porém. Destaque ainda para a belíssima trilha sonora.

A cena em que a namorada de Hayes o visita após anos no cárcere é sensível e emocionante. Interpretação visceral de Brad Davis e uma trilha sonora que caiu como uma luva para ajudar a criar a atmosfera claustrofóbica e angustiante do filme. Muito bom.

Extremamente agradável, sensível, consegue ser leve e realista ao mesmo tempo, mesmo abordando o amor e os sonhos de todos nós. Gosling e Stone fazem um casal com muita química e o diretor Chazelle se mostra cada vez mais talentoso. Filme imperdível

Assisti o filme duas vezes, e sinceramente achei chato prá cacete. A "engenhosidade" do roteiro, tão exaltada pela maioria aqui, não me impressionou em nenhum momento. Carisma zero para Guy Pearce.

Filme com ótima fotografia e excelentes atuações. O clima soturno é muito bem construído, pelo menos a mim pareceu que o filme poderia seguir numa direção, mas acabou tomando outra, numa crescente apavorante. Não sou muito fã de filmes de terror, mas reconheço os méritos técnicos deste aqui, definitivamente não é indicado para pessoas mais sensíveis, pois seu terror é bastante sensorial.

Inacreditável que essa produção tenha ganho o Oscar de Melhor Filme, em vez de "Pacto de Sangue", que é um filmaço. Leo McCarey dirige um filme que é apenas simpático. Seu ritmo leve e descontraído é até gostoso de assistir, mas na hora que chegam as canções fica chato e arrastado demais. E o final não vai a lugar nenhum, tornando o filme totalmente esquecível e sem propósito de existir.

Superprodução de ritmo cadenciado, a cinebiografia de Gandhi, se não chega a empolgar em nenhum momento, impressiona pela belíssima fotografia e pela riqueza de detalhes ao retratar um importante período histórico da Índia e do Paquistão. Destaque para a exemplar interpretação de Ben Kingsley (que mereceu amplamente o Oscar de Melhor Ator), para os impecáveis discursos do personagem principal e também para a majestosa cena do funeral de Gandhi, exibida logo no começo do filme.

O filme começa até que bem, até a morte do dr. Schön, e apesar da cena quase interminável no teatro (ato 3). Depois do julgamento e consequente fuga de Lulu para Marselha, o filme vira uma bagunça e fica todo desconjuntado, sem explicar direito o destino de alguns personagens. O final, apesar de bem filmado, soa abrupto e não se conecta muito bem ao restante da estória contada até então. Destaque para a bela presença em cena da jovem atriz norte-americana Louise Brooks (Lulu).

O filme entrega menos do que promete, e me decepcionou um pouco. Pesa contra o fato de já sabermos que a estória termina num final feliz. A sequência da travessia é tecnicamente fantástica (num cinema IMAX a experiência deve ser incrível), mas o tom excessivamente "engraçadinho" do filme diminuiu minha percepção do quanto foi insana a façanha do protagonista. De qualquer maneira, é bastante acima da média.

A nota só é razoável porque é um Star Wars e o visual como um todo é Ok. Mas trazer de volta o Imperador é esculhambar com a profecia do Escolhido. O vilão que Kylo Ren deveria se consolidar aqui foi jogado no lixo. Filme brega, previsível e covarde. Pra mim a essência da saga continua sendo a história que gira em torno de Anakin, o resto é puro caça-níqueis.

Assisti bastante tempo depois do lançamento nos cinemas, e não achei a tragédia que muitos alardeiam. Infelizmente, a fórmula batida já se esgotou e o filme soa sem graça, sem gosto, insípido, sem inspiração. Vale por vermos novamente personagens queridos em tela, mas nada acrescenta de novo ou de diferente à franquia. A participação de Jennifer Lawrence chega a ser constrangedora.