Lupas (26)
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Um filme irregular. A primeira parte é bastante interessante, apesar de arrastada. A segunda parte tem um tom totalmente diferente da primeira, enquanto a terceira surge restabelecendo o fio da primeira. Enquanto a discussão da primeira, feita através de planos urbanos, é inspirada, a terceira fica bastante clichê em momentos, por não trazer uma discussão menos previsível sobre o tema. Talvez eu tenha perdido muitos detalhes por não alcançar as simbologias ou entender o contexto romeno. Bom.
Pedro da Silva | Em 04 de Julho de 2022. -
Enquanto crítica, sabe, é ok. Tem uma pertinência aí, tem coisas que precisam ser discutidas. Mas enquanto filme/cinema funcionaria bem melhor como um episódio grande de South Park - e isso também quer dizer que até a própria crítica do filme funcionaria melhor.
Pedro da Silva | Em 27 de Dezembro de 2021. -
Me incomodou o filme parecer criar uma expectativa que não vai ser concretizada. Um grande prólogo com pouco diálogo. Não se desenvolve bem no expectador uma relação de ódio ou amor por nenhum dos personagens, o que é bem desanimador mesmo pra esperar a continuação. Pelo menos pra quem não leu o livro, as aparições e visões de Chani pareciam uma enrolação sem fim. Villeneuve fala também por imagens, mas tiveram momentos que eu queria que ele aumentasse o brilho pra conseguir ver alguma coisa.
Pedro da Silva | Em 09 de Novembro de 2021. -
Paul Schrader é de longe um dos maiores e mais inovadores realizadores do cinema da atualidade. The Card Counter é não apenas um grande filme como uma aula de cinema, roteiro e direção. Tudo está perfeito - o domínio, controle de cena e dos atores é impecável. Cada filme novo Schrader surpreende mais, sem cair na repetição ou no saudosismo (vide a trilha sonora impecável, sempre atual, histórias originais, conscientes de seus limites de orçamento e personagens intrigantes ao extremo). Intenso.
Pedro da Silva | Em 31 de Outubro de 2021. -
A construção das ações vai se formando de forma invisível a não ser pelos olhares do estranho protagonista que vai como que traçando suas motivações silenciosamente. Não é um filme tão frio quanto dizem ou como alguns representantes da leva de cinema francês radical da mesma época, mas é econômico nos diálogos, o que gera um desconforto. Talvez o pulo do gato, que torne esse filme diferenciado da maioria dos filmes de guerra, seja a ousada inversão do trauma e dos impactos no retorno à casa.
Pedro da Silva | Em 09 de Outubro de 2021. -
Com uma história e cenários simples, o filme flui perfeitamente com seus elementos bem amarrados uns nos outros criando dentro de seu próprio pequeno universo a lógica que precisa para ser eficiente. Dessa forma, seus exageros e loucuras se justificam, não parecem forçados, e adicionam à narrativa conteúdo necessário para refletir de forma livre sobre violência. Parece adequado colocá-lo ao lado de filmes como Hobo With a Shotgun e Dance of the Dead (Hooper).
Pedro da Silva | Em 16 de Setembro de 2021. -
Apesar de ser um filme acima da média, existe um problema enorme na reprodução do livro de McCarthy pra tela. Hillcoat, pelo bem de uma narrativa audiovisual, priorizou aspectos relacionados à ação que são praticamente secundários no livro. As cenas mais impressionantes, os momentos mais memoráveis, não existem no filme, pois se perde o aspecto mais impressionante do livro, que é a narrativa arrastada. PRECISAVA ser mais arrastado, mais lento, pra se ter uma imersão naquele universo. Uma pena.
Pedro da Silva | Em 05 de Setembro de 2021. -
Aí sim! Tudo muito bem trabalhado e empolgante. Roteiro bem amarrado surpreende com personagens marcantes e bem construídos, mesmo que menos caótico que seus primeiros trabalhos. Ritchie em ótima forma, dessa vez entregando um filme sem humor, completamente sombrio e tenso, sem espaço para alívio.
Pedro da Silva | Em 08 de Agosto de 2021. -
O arquétipo clichê do cara que já sofreu o que tinha que sofrer e agora não se abala por quase nada percorre cenários sem conexões entre si (aparentemente pra ter conteúdo enganoso pro trailer e vender o filme) numa jornada obviamente pessoal para lidar com demônios do passado, sem plot convincente, sem clímax, sem desfecho. "OK then", parafraseando Raising Arizona, filme que assisti pra curar a decepção de uma atuação nada criativa do Cage, desperdiçado.
Pedro da Silva | Em 29 de Julho de 2021. -
Além de ser clichê e com um roteiro muito fraco, dois comentários: se as cenas em câmera lenta fossem em velocidade normal o filme teria menos de duas horas; nenhum personagem é realmente bem construído ou bom, mas maldita personagem odiável corta-vibe essa Kate Ward. (SPOILER) Desde o início quando você vê a cara você já sabe que tudo vai degringolar por conta dela.
Pedro da Silva | Em 31 de Maio de 2021. -
Feito de forma preguiçosa, essa é a sensação. E isso, tendo em vista que se gasta dinheiro pra sua realização, chega a ser triste ver que algo assim foi aprovado. Os diálogos são impressionantes de tão mal escritos. O roteiro é uma reunião de clichês, personagens e tendências copiadas. Dá pra juntar no mesmo balaio de coisas incompreensíveis lançadas, como O Escavador. Como eu li numa análise aí, parece feito pra assistir em segundo plano, com o celular na mão, fazendo qualquer outra coisa.
Pedro da Silva | Em 24 de Fevereiro de 2021. -
Impressionante sonho febril.
Pedro da Silva | Em 14 de Janeiro de 2021.