Lupas (20)

Reúne o que há de melhor quando se trata de Almodóvar. Os dramas familiares são potencializados a tal nível que somente um osso de pernil para servir de catarse.

(Ir)regular. Gostei de como o filme desenvolve o platonismo e o desejo do garoto no início, mas desaba em soluções fracas e reducionismo.

'Quer um suquinho de pitanga?'

Quem assistiu tem vontade de fazer o mesmo que Sophie: brincar com a onipresença tetradimensional do castelo de Howl.

Impressionante a sua magnitude ao tratar da fé. Não existe filme que se iguale a Ordet nesse quesito. Dreyer e sua brancura...

Provavelmente, a melhor realização em P&B. O tom modorrento e corrosivo da aristocracia é dilacerante. E tem um final lindo! "Sou bonita? Não, mas amei".

Marie Rivière mostrando um pouco do que viria com força total em O Raio Verde. Além disso, os diálogos de Lucie e François embalam o filme.

Miyazaki ainda consegue emocionar, mesmo com uma história em que falte originalidade. O problema central é o difícil envolvimento de todos os tipos de espectadores com o filme. Mas Ponyo consegue superar tais limitações e cativa seu público.

A solidão que aparece em alguns filmes de Rohmer é tão palpável. O personagem "alienígena", desse modo, é muito bem compreendido. Mais uma obra-prima!

O que mais impressiona e emociona é a maneira como Zé Maria lida com o vazio existencial. Ele tenta de todas as formas agarrar-se a algo. As 'noitadas', as ligações, o emprego, Adélia, Duília, Pouso Triste...

Simon & Garfunkel... Os grunidos de Dustin Hoffman... Toda uma construção para um filme belo e inesquecível.

Almodóvar em um de seus ápices, pondo suas mulheres à prova o tempo todo. Tudo com muito teatro, referências e, acima de tudo, humanidade. Atesta que o bom cinema se constrói com simplicidade. O simples aqui se mostra com notável grandiosidade.