Lupas (1752)
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O ponto de partida é bom, sobretudo para uma ficção científica (a ação se passa em 2028). Há outras boas ideias. Uma delas é, claro, ter Jodie Foster no papel central. Outra é a cenografia, que mistura traços de ultramodernidade com primitividade e produz ambientação inquietante.
Edward Jagger DeLarge | Em 15 de Fevereiro de 2020. -
Pesa contra “1917” o fato de nenhum dos atores do filme —que tem participações especiais da nata britânica, como Colin Firth e Benedict Cumberbatch— ser indicado ao Oscar. Mas a crítica vem apostando em sua imitação de plano-sequência, o que já tinha feito com “Birdman”, de Alejandro Gonzales Iñarritu, vencedor do prêmio há cinco anos. Críticos erram.
Edward Jagger DeLarge | Em 10 de Fevereiro de 2020. -
No caso de Brightburn, há uma espécie de chamado sobrenatural de sua nave, logo na primeira parte do filme, como se o garoto fosse de boa índole, mas teve seu caráter desviado por uma possessão alienígena. Parece bastante ingênuo nessa altura do campeonato. Essa é história de Clark Kent, o Super-Homem, que veio do planeta Kripton. E também é a história Brandon Breyer, o garoto de dez anos que, como já entrega o subtítulo nacional, está do outro lado da força: é um filho das trevas.
Edward Jagger DeLarge | Em 09 de Fevereiro de 2020. -
A reconfiguração do vínculo entre o jovem adulto e a pequena sobrinha simboliza, num primeiro momento, o efeito pós-traumático, o esforço para expressar o indizível. Mas, no lugar de lamentar a morte, “Amanda” prefere ser um filme sobre a vida, na medida em que valoriza a incerteza, o improvável e vincula o existir ao recriar.
Edward Jagger DeLarge | Em 02 de Fevereiro de 2020. -
Resumo da história: se alguém te disser que o Shazam na verdade se chama Capitão Marvel, é porque esse alguém é muito, mas muito velho.
Edward Jagger DeLarge | Em 28 de Janeiro de 2020. -
O filme tinha o mais difícil: uma boa ideia,. Mas a história que se segue é tão mal feita e construída que arruína qualquer possibilidade de divertimento.
Edward Jagger DeLarge | Em 26 de Janeiro de 2020. -
Um bom filme de vampiro negro ainda precisa ser feito, no entanto. Os elementos estão lá, e "Blacula" e esta sequência provaram que há um mercado para o gênero. Mas apenas contratar atores negros e dar-lhes presas falsas não serve; o pessoal da Hammer Films nos incentivou a esperar muitos cenários sombrios, músicas perturbadoras e performances exageradas, mas sonoras, e um roteiro que faz sentido.
Edward Jagger DeLarge | Em 18 de Janeiro de 2020. -
Reparem que Blacula antecipa a história do vampiro que vai atrás da reencarnação da amada, um ano antes do roteiro de Richard Matheson para o telefilme Drácula – o Demônio das Trevas dirigido por Dan Curtis e estrelado por Jack Palance. A ideia seria explorada também na versão de Francis Ford Coppola de 1992, entre outros. O interessante é que Matheson ganhou os méritos por dar essa nova perspectiva ao personagem, enquanto Blacula explorou isto antes!
Edward Jagger DeLarge | Em 18 de Janeiro de 2020. -
Não existem heróis e vilões (percebam a atitude redentora de um dos ladrões, próximo ao desfecho), apenas homens falíveis e moralmente corruptíveis. Diferente da maioria dos filmes “Blaxploitation”, o roteiro não entrega tipos estereotipados (quase personagens de histórias em quadrinhos), mas sim um olhar mais profundo sobre o racismo, acentuado na interpretação de Anthony Quinn (também produtor executivo) e em sua relação com o personagem de Yaphet Kotto.
Edward Jagger DeLarge | Em 18 de Janeiro de 2020. -
Griffith aparece quase como um comparsa. Mas sua presença está em todos os detalhes, no trabalho insano, na exigência de perfeição. Bom Dia, Babilônia não é apenas uma homenagem àquele que foi, talvez, o mais importante cineasta de todos os tempos. É, antes de tudo, uma bela ficção (com valor documental) sobre a insânia que consiste em transformar idéias em imagens e o sonhado em real. Ou seja, em fazer cinema.
Edward Jagger DeLarge | Em 13 de Janeiro de 2020. -
Mas este não é um filme com personagens de representação fácil. É o que há aqui de melhor, por sinal: em A Morte Neste Jardim, cada uma delas não resistirá àquilo que poderia ser uma típica jornada. Não estranha que algumas tenham mortes tão reais, que desapareçam rapidamente. Longe do Estado, ao homem resta somente o homem.
Edward Jagger DeLarge | Em 10 de Janeiro de 2020. -
A máfia de que Scorsese se ocupou sempre foi a dos pequenos gângsteres, uns pés-de-chinelo que se tomam por grande coisa por pertencerem a um grupo, por causa da companhia, até perceberem que não passavam de bucha de canhão de outros mais poderosos. É um tanto diferente o que se passa em “O Irlandês”, em que pela primeira vez Scorsese opta por um tratamento realmente épico para a saga da organização criminosa nos EUA, ou de parte dela. Longo demais.
Edward Jagger DeLarge | Em 08 de Janeiro de 2020.