Lupas (18)

No início, tem-se a impressão que lidará com o tema de forma maniqueísta, a mulher "boa" e o homem "mau". Mas que nada, o roteiro fica maduro. Os diálogos são um primor e possui cenas belíssimas como do alto do prédio e os momentos finais. M.N. surpre...

Mal aproveitado, visto o contexto de enorme riqueza. A começar, praticamente só Herzog tem voz. Os conflitos maiores da produção foram encarados como tabu, ou colocados de forma sutil demais. Sim, demonstra a grandiosidade do filme, mas sem aprofundar.

Dos maiores épicos do cinema. Quem contesta pouco sabe de filmes. Realização e enredo em relação orgânica, a megalomania de Fitzcarraldo é superada pela de Herzog. Fica um quê de dilema entre adorar ou repudiar o feito, a dialética em grande estilo.

Tem diferenças substanciais com o livro, mesmo assim, uma das grandes adaptações já feitas de um livro para o cinema. Atuações excepcionais e fotografia arrebatadora, complementadas pela direção de J. Ford que não dava ponto sem nó. Maravilhoso.

K. disse não querer trabalhar o tema sequestro, nem investigação policial. Mas é o que mais toma tempo no filme. Porém, a temática desejada, dos dualismos, permeia todas cenas através dos recursos cinematográficos. K. é gênio e quem contesta pouco sabe!

Obra-prima da imagética, da pictórica e do simbolismo. Atores estupendos. O chamado "cinema arte" em um dos seus ápices.

Obra-prima multi-dimensional, multi-temática, multi-tudo, regidas com maestria dentro de fotografia impecável. Cinema político e moral sintonizado com passagens sentimentalistas e um quê de melodrama, sem se perder, coisa pouco conseguida. J.F. é o cara.

Básico demais. Pretensamente naturalista, mas nisso é no que mais peca. Há exageros de crítica quanto a atuação dos dois atores. Aqui Cluzet não passa de um Dustin Hoffman reciclado, não bastasse a semelhança. A nota fica pela técnica competente, e só.

Indubitavelmente, dos mais avançados em tecnologia de até hoje, com elementos que vão além da pirotecnia, e somando verdadeiramente ao filme. Minha nota que seria mais baixa, leva isso em consideração. Mas o roteiro e o drama deixam a desejar para um Lee.

Temas da obsessão na arte pela perfeição e "disposição a passar por cima de tudo" retratados com força em filme de roteiro e atuações excelentes e direção eficiente. Apenas a personagem Lily merecia atriz melhor. O cinema comercial em bom estilo.

Comete deslizes significativos do meio para o fim. Mas o roteiro bem construído no geral, sem parecer presunçoso. Um Stephen Dorph sendo acima da média, embora ainda inexperiente. Obra sobre a sociedade do espetáculo que merece um lugar ao sol!

Ideia de juntar dois filões consagrados de filmes, boxe e robôs é ótima, e incrível não haver acontecido antes. O drama do sujeito bruto "perdido" e um menino órfão é previsível, mas deve-se lembrar o público ao qual o filme é direcionado: infanto-juven..