Lupas (134)

Mise en scene absurda de John Ford, com bela fotografia, personagens bem aprofundados e trama rica em camadas.

Pérola subestimada, com grande direção e bom uso de recursos para a construção do horror. Além disso, ainda tem várias camadas de discussão filosófica e sociológica que vão além da ecologia.

Uma das maiores picaretagens da história do cinema. Começa mal com as montagens ridículas com o Bruce Lee. Depois consegue ficar ainda pior com uma história sem pé nem cabeça e um monte de cenas involuntariamente cômicas.

O avanço de Aragão em relação a Mangue Negro é notável. Mesmo ainda forçados, os diálogos funcionam melhor e a mistura entre folclore nacional e montagem moderna casam bem.

A primeira parte e a última são excelentes, com Muriel fazendo a diferença. Agora Steele de Jenny não funciona e o meio tem problemas de ritmo, se tornando até chatinho em alguns momentos.

Difícil analisar o resultado final com uma cópia tão ruim e com tantos cortes feitos pela censura, mas a criatividade e a acidez de Mojica estão presentes aqui também.

Belo trabalho de pesquisa e montagem para mostrar o cinema como documento histórico, além de destacar a importância do cinema popular no país.

Se Antonioni filmasse um Giallo.

Tem o charme dos sci-fi da época, mas cai na chatice cristã. O pior ainda é o personagem principal que passa o tempo todo explicando coisas óbvias aos outros personagens completamente estúpidos.

Conduzido perfeitamente através de diálogos belíssimos, é um importante retrato da classe trabalhadora brasileira. Além disso, tem também na fotografia e na trilha-sonora seus pontos altos. Um dos mais lindos e comoventes filmes dos últimos anos.

Diaz aborda aqui a relação de acontecimentos em nível macro e suas consequências no microcosmo de um pequeno povoado. Uma espécie de Sátántangó filipino, muito mais místico e onírico, mas não menos real e cruel.

Jamie Foxx encarnando Clint Eastwood e metendo bala em cowboys brancos racistas ao som de rap. Qual é, nada pode ser mais genial que isso.