Lupas (1873)

É um desses filmes difíceis de chegar a um veredicto, pois seus prós e contras são bastante híbridos entre si! Mas é um grande feito, de ótima edição (maravilha de continuidade) e fotografia impecável (planos abertos suntuosos e importantes no contexto)!

Filme que não desaponta nem surpreende, apenas mantem o bom nível desde o começo até o fim, com 0 de pretensões. Belíssima fotografia!

Que Godard tem uma habilidade ímpar em transformar ideologias em prática, disso nunca duvidei, muito menos do carisma de Anna Karina! Godard bota à prova o talento da atriz e os elementos do seu próprio cinema. Ótimo!

Porque fornecer apenas um caminho para as sensações do espectador, porque esse caminho não deve ser ambíguo quando pode ou até deve ser? A obra-prima de Gus Van Sant, um dos melhores contadores de história em atividade.

A boa atuação de Brolin e o consolidativo clímax dramático salvam o filme de ser, talvez, um dos mais vergonhosos do ano. Foi como assistir um filme da sessão da tarde em tela panorâmica!

Cenas memoráveis de passar mal de tanto rir!

A cena em que o vagabundo, não sendo vagabundo, pega os tijolos da construção no ar é magnífica!

Como é possível alguém desgostar de Chaplin?

É por filmes desarmoniosos como esse que reafirmo: "Medos privados em lugares públicos", de Resnais, foi um dos melhores da década.

Não adianta, o cinema de Truffaut é pra ser estudado, quase nunca apreciado! Filme regular quanto a índole do que se propõe a contar, mas com um ritmo geral indiscutivelmente impecável...

A fragilidade incomoda e a narrativa ideológica favorece o contexto, sendo um bom épico de um homem só, uma metáfora sobre a degradação humana contra a própria resistência. Destaque para a ótima fotografia.

Uma ótima comédia de humor negro, muito significante! Bergman satiriza suas questões existenciais sobre Deus e o diabo, e as consequências do bem e do mal de uma maneira deliciosa, direita e reflexiva.