Lupas (188)
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Tipo de filme que já nasceu datado, não necessariamente pela escolha confortável de se manter na zona dos estereótipos e da moral de conto natalino, já que, com isso, busca desajeitadamente remeter a um cinema mais ‘clássico’, mas por estar tão deslocado de contexto (as premiações que venceu, diga-se, só evidenciaram isso), tão alheio a qualquer visão minimamente interessada em refletir sobre aqueles papeis, mesmo dentro da dinâmica cômica aparentemente despretensiosa.
Júnior Souza | Em 28 de Abril de 2019. -
BlacKkKlansman desfaz o engano perpetuado por filmes de falsa reconciliação racial, como o recente Green Book, de que o problema foi resolvido com apertos de mão e sorrisos fraternos no rosto, ao longo décadas - o ódio continua, apenas mudou de interface. É um filme que mete o dedo tão fundo na ferida americana que nós, brasileiros, por motivos óbvios, acabamos sentido daqui.
Júnior Souza | Em 28 de Abril de 2019. -
Jogos de poder e ligações perigosas na corte britânica em um filme que meio que quebra o gesso dos retratos históricos da monarquia com sua estrutura pautada exclusivamente nas ações e inconsequências de suas três personagens, ao invés do acompanhamento de uma linha temporal mais previsível dos fatos. Bem mais gostoso de assistir do que eu esperava e mais distante, vejam só, de um drama pomposo de período como Elizabeth e mais próximo de uma comédia contemporânea despojada como Meninas Malvadas.
Júnior Souza | Em 28 de Abril de 2019. -
Difícil defender a bagunça que vira depois de seus primeiros 20 ou 30 minutos bem promissores, em que até vinha se virando direitinho como um sub-produto consciente do body horror dos anos 80.
Júnior Souza | Em 11 de Fevereiro de 2019. -
O tradicional pega-pega dos slashers assumindo a autoconsciência em um jogo metalinguístico que faz do gosto por ver filmes – e, consequentemente, a assimilação dos códigos que eles, os de terror, instituem – uma arma determinante para estabelecer quem foge ou quem é apanhado, quem morre ou vive, quem perde ou ganha. Cinefilia como solução, aqui tanto como forma de matar, quanto, ao mesmo tempo, único jeito de sobreviver (e, claro, se garantir na sequência).
Júnior Souza | Em 06 de Fevereiro de 2019. -
Tem que ser fã mesmo da banda para passar pano para muita coisa aqui, viu. Nem falo sobre o tanto que o filme é quadradinho e artificial, mas por ser conservador mesmo, no pior sentido.
Júnior Souza | Em 22 de Janeiro de 2019. -
Não há kriptonita maior contra a ficção que a descrença, e Shyamalan sumariza essa ideia num filme que parte mais de um conceito do que duma trama em si, que por mais que teste, questione e até problematize a fé, no fundo nunca deixa de acreditar.
Júnior Souza | Em 22 de Janeiro de 2019. -
Depois de perder o seu tom ameaçador a partir desse filme, o vilão só iria recuperar-se no sétimo capítulo - ainda a melhor das sequências. Mas apesar dos problemas esse aqui é até bacana e, se comparado aos seguintes, merece algum destaque.
Júnior Souza | Em 11 de Janeiro de 2019. -
Bem mais agressivo que o primeiro, mas nem de longe tão tenso quanto; seu maior problema, na verdade, está nas explicações bestas dadas pelo roteiro que acabam diminuindo bastante o peso da figura do assassino.
Júnior Souza | Em 05 de Janeiro de 2019. -
O melhor desse novo Halloween é que não deixa que o tributo à mitologia original o impeça de assumir certos riscos e fazer opções que, se nem sempre acertadas, ao menos lhe dão uma autenticidade meio perdida pelas continuações ao longo desses 40 anos.
Júnior Souza | Em 28 de Dezembro de 2018. -
Ao menos o tal Lugar Silencioso, mesmo genérico, ainda conseguia fazer de suas “impossibilidades" elementos para construção do suspense, esse aqui nem isso consegue, e acaba transformando suas potencialidades visuais em limitações. E aquele final...
Júnior Souza | Em 28 de Dezembro de 2018. -
Que Horas Ela Volta? versão Sebastião Salgado.
Júnior Souza | Em 28 de Dezembro de 2018.