Ao longo dos anos diversos diretores de cinema nos levaram a fascinantes viagens em meio ao espaço, desde as mais superficiais, até as mais intimistas e reflexivas. E é nessa segunda abordagem que James Gray coloca o espectador em Ad Astre. Muito além da excelente experiência sensorial, o roteiro nos leva uma uma viagem a mente de Roy McBride, excelentemente interpretado por Brad Pitt.
De nada adiantaria essa proposta do longo se o roteiro que compõem ele fosse fraco, mas, felizmente, Ad Astra não faz isso, o texto tem primazia em criar uma viagem em meio a metáforas e simbolismos sobre a mente desse quebrado indivíduo.
Se o roteiro é bom a direção de James Gray também não falha, nos conduzindo a um espetáculo sensorial. Se trabalho de câmera e muito bom e ele também mostra um excelente controle cênico para deixar tudo o mais sufocante possível. Há na fita algumas cenas de ação, alguns podem argumentar que elas quebra com a proposta do filme, virando 2 filmes em 1, eu discordo, além do diretor se mostra ótimo com a ação eu acho que de nada elas estragam o filme.
Tecnicamente é um filme perfeito, trilha sonora, efeitos visuais, mixagem e edição de som o filme é perfeito em tudo isso.
Sobre o elenco, o principal destaque é o Brad Pitt que entrega uma de suas melhores atuações, entrando totalmente no papel de seu personagem e auxiliando nessa viagem intimista. O elenco de apoio não tem muito destaque, com exceção de Tomy Lee Jones que está bem como sempre.
Vale citar o Voice Over dentro filme, muitas vezes essas narrações apenas atrapalham o filme, o tornando até expositivo, mas em Ad Astra isso não ocorre, as narrações apenas auxiliam ainda mais na proposta intimista do longa.
Ad Astra é acima de tudo uma viagem, mas a mente fascinante de um homem, em meio a problemas familiares.
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