Meu espanto pelo sucesso arrebatador deste filme foi pequeno quanto ao título, original por sinal, do filme. Os Descendentes! Como pode um filme com um nome um tanto quanto incomum arrebatar quase todos os prêmios do globo de ouro nas categorias principais com um título destes?! Curiosidade pouca é bobagem, o filme é magistralmente delicioso de ser assistido!
Escrito, produzido e dirigido por Alexander Payne que repete seu preciosismo mesclando comédia com drama já feito em outros trabalho, vide – Sideways (2005) – o filme é bem leve e cativante.
George Clooney ( em uma de suas melhores atuações) interpreta Matt King, um empresário e advogado bem sucedido profissionalmente que não consegue repetir esse sucesso na vida familiar,e que também é um dos descendentes direto das terras de seus antepassados (foi aí que entendi o título do filme) depara-se com o acidente quase fatal de sua esposa em um passeio de lancha que a deixa no estado de coma total.
Sem ter nenhuma aptidão para criar sozinho a pequena Scottie (Amara Miller) e ao saber que o coma de sua esposa é irreversível, ele resolve ir atrás de sua filha rebelde Alexandra (Shailene Woodley) para unir a família neste momento difícil. E é com sua família reunida que o filme começa.
Ao descobrir através da filha Alexandra que a esposa o traia, Matt logo tem o desejo de saber quem
era o homem que tinha arrebatado o coração de sua esposa, junto com suas duas filhas e o amigo de Alexandra, Sid (Nick Krause), eles partem em uma viagem pelo Havaí a procura de Brian Speer (Matthew Lillard) o suposto amante.
Impecável no roteiro, Alexander Payne nos leva a uma história que não é muita dramática em sua totalidade, mas confesso que se utilizou de um humor negro em grande parte do filme. George Clonney se livra de suas atuações peculiares (graças a Deus!) sempre meneando a cabeça em forma de dúvida e insegurança. Shailene Woodley que infelizmente não vai concorrer ao Oscar é também um espetáculo à parte.
Os Descendentes consegue renovar o estoque de Hollywood que à muito já estava velho, você não vai encontrar nada de repetitivo, tirando o roteiro que é adaptado, todo o filme é original. Tiro o chapéu para o diretor que mais uma vez foi competentíssimo na condução do filme. Toda a fotografia, as atuações dos pais de Elizabeth King, principalmente Robert Foster que interpreta o pai, são agradabilíssimas, o filme num todo é ótimo.
Para os que tem o desejo de assistir, Os Descendentes é um prato cheio pra toda a família, unindo um elenco simpático e sentimental, pode até não ganhar o Oscar, mas terá sim um lugar na estante de muitos cinéfilos como filme preferido!
OBS. ( Atentem bem para a cena que Matt quer descansar dentro do avião, é acanalhadamente hilária!)
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