A construção de um banheiro como tema central pode resultar em um bom filme?... Difícil imaginar. Mas aí passando pelos canais me deparo com “O Banheiro do Papa” no início e sou arrebatado pela inesgotável magia do cinema.
O excelente “O Banheiro do Papa” através de uma história, a princípio pouco promissora, me fez repensar a definição de cinema: o que faz um bom filme não é a história contada, e sim o jeito de se contar essa história. E que delícia o modo como esta linda história tão humana é contada, sem apelo. Apesar de toda circunstância cheia de adversidades vivida pelos personagens, a história se mantém leve, e mesmo com todas as questões denunciadas pelo filme, como a pobreza e falta de perspectiva, o que fica é a enorme empatia pelos personagens, e que fique claro, em nenhum momento o filme recorre a algum tipo de compaixão, sem nenhum coitadismo. A empatia se dá de maneira natural, impossível não se cativar por seus encantadores personagens tão cheios de humanidade.
Para ajudar, Cesar Troncoso tem uma atuação extraordinária na pele de Beto, tem futuro esse garoto. Assista e se surpreenda como é possível torcer tanto por um vaso sanitário. Que venham o 2 e o 3!
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