Desde o momento em que tomei conhecimento deste filme, adorado por alguns, odiado por tantos outros e aclamado como um dos mais violentos da história, resolvi checar e assim poder tirar minhas próprias conclusões. Confesso que antes de assistí-lo não esperava nada mais do que violência gratuita, com direito à cenas de tortura, estupro e morte. Enganei-me profundamente. O filme possui - e muito - tudo isso o que foi listado, mas nada está ai de graça.
O filme inicia-se com a história de quatro bravos jovens ocidentais que se aventuraram em um mundo perigoso e desconhecido e acabaram desaparecendo. A partir disso, passei a acreditar que além da violência gratuita, encontraria um sádico ataque à cultura indígena, todo embasado na demasiada bravura e racionalidade de nossos quatro jovens. Confesso, envergonhado, que errei novamente.
O filme é uma crítica ferrenha à nossa sociedade e à forma como nos achamos superiores aos demais povos, acreditando que nossa tão aclamada racionalidade nos dá o direito de fazermos tudo aquilo o que quisermos - vide a questão levantada pelo professor Harold Monroe ao final da película. Acredito que grande parte daqueles que torcem o nariz para o que é visto nas telas faz isso devido àquele pré-conceito já citado, de que toda aquela violência é gratuita, esquecendo do que está por trás disso tudo, ou talvez porque simplesmente não goste de ver tanta carnificina.
Holocausto Canibal é um ótimo filme, um pouco sádico e cruel - os animais foram mortos de fato - mas que consegue passar sua mensagem e nos fazer refletir durante um bom tempo. Altamente recomendável àquelas pessoas que muita vezes sentem desprezo de nossa sociedade ou mesmo para aquelas que amam sangue, vísceras e muita violência.
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