Quem nunca assistiu a um filme dramático? Há, no cinema, uma grande quantidade de filmes desse gênero. É nesse tipo de filme que os atores mostram toda sua carga dramática, bem como a capacidade de usar todos as suas facetas. Drama também é um gênero muito difundido por todo mundo, onde países, como o Brasil, conseguem um grande reconhecimento. Não é uma exclusividade do cinema americano ou europeu. Então aparece a produção "O Leitor".
Com uma história instigante e, ao mesmo tempo, incômoda, "O Leitor" oferece uma oportunidade rara para o espectador: torcer e defender uma história de amor totalmente fora do padrão. É nesse ponto que o filme começa a mostrar a que veio. Um jovem rapaz se apaixona por uma mulher com quase o dobro de sua idade. Começa a ter encontros praticamente sexuais, onde ele lia livros para ela, pois ela gostava de ouvi-lo. Porém a verdade é que ela não sabia ler e escrever. Fato que faz com que pensemos se ela está realmente apaixonada ou apenas usa-o para satisfazer suas vontades.
O filme se desenvolve e a dramaticidade é esplêndida. As cenas são uma personagem da história, tamanha a intensidade de seus diálogos e atos. Não poderia deixar de ser assim, visto que é um filme que mexe com uma história que nem todos são capazes de entender ou discutir. A personagem se envolve com o nazismo e, alguns anos depois vai a julgamento. Enquanto isso, o menino cresce, e começa a estudar direito. As duas vidas se cruzam novamente quando o menino vai, com a turma da faculdade, assistir ao julgamento das mulheres, entre elas, sua antiga paixão. Nesse ponto o filme já é cativante, pois põe em jogo o sentimento que havia entre os dois. Ela é condenada a prisão perpétua.
Quem assiste a "O Leitor" sente em todo o filme um sentimento de pena pelos personagens. São minutos de espera até o desfecho. E nesses longos minutos, vê-se atuações brilhantes de Kate Winslet, vencedora merecida do Oscar, David Kross, uma grande promessa, e também de todo o elenco secudário. Há, também, uma ambientação perfeita da época, assim como a maquiagem de Kate quando Hanna está mais velha.
Em suma, não há como negar que este foi um grande drama do cinema, mas um drama diferente. Um drama que mistura a emoção com a razão. Ao final, não é necessário que se entenda realmente os motivos dos personagens, o que os movera para tais atos, é apenas necessário sentir dúvida. Palavra, esta, que resume todo o filme.
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