“Uma aventura incrível, que eleva a magia e o terror da obra prima de 1993 a um novo patamar, e presta uma bela homenagem a Jurassic Park”
Na resenha que escrevi sobre o filme Jurassic Park (checar o link http://www.cineplayers.com/comentario/jurassic-park–parque-dos-dinossauros/16236), em 2009, disse que a principal característica que tornou o filme uma obra prima foi a eficiência e o realismo com que explorou o encanto e o terror dos dinossauros. Disse também que a presença de artefatos com o logotipo do parque (como camisas, figurinhas, carros, e etc), e a explicação genética para a criação dos dinossauros, foram elementos de ótimo gosto e que ajudaram muito a aumentar a sensação de entretenimento do espectador, fazendo-o se sentir, de fato, no parque dos dinossauros. Citei também a belíssima trilha sonora de John Williams como ponto forte de Jurassic Park.
Para a grata felicidade de um fã declarado da série (o blogueiro que vos fala), todos estes elementos também estão em Jurassic World: o parque é ainda mais fascinante, e o desenrolar do filme o torna ainda mais assustador do que o Jurassic Park.
A história se passa 22 anos depois da criação de Jurassic Park. No filme, o sonho de John Hammond se tornou realidade: o Jurassic Park foi aberto com o nome Jurassic World, e é um mega-sucesso: visitado por 10 milhões de habitantes de todo o planeta, é um parque seguro e não oferece problemas para os expectadores, tudo graças a um protocolo de segurança muito bem montado para manter o “equilíbrio natural” entre os dinossauros e os expectadores. O tempo passa, no entanto, e o parque começa a perder público. Visando resgatar o interesse pelo parque, a empresa Masrani Global (sucessora da InGen na administração do parque) autoriza a criação de um novo dinossauro, geneticamente modificado e ainda mais inteligente e assustador do que os anteriores: o Indominus Rex, cujo DNA mescla códigos genéticos de vários dinossauros diferentes. A inteligência do Indominus Rex leva a um novo desequilíbrio natural no parque e a confusão começa.
Um ponto valiosamente forte que constatei ao longo do filme foi a homenagem constante que ele fez ao Jurassic Park, em especial na cena em que Zach e Grey se perdem na ilha Nublar e abrem um portão abandonado para se proteger. Do outro lado do portão havia uma construção abandonada com vários artefatos antigos (Jipes, binóculos, figurinhas e camisas). Os artefatos e os jipes, para a minha emocionada surpresa, eram exatamente os do filme de 1993! Zach encontra o mesmo binóculo usado por Tim no primeiro filme, e Grey dirige um dos jipes usados por Dr. Grant no primeiro filme. Estes artefatos, assim como os do próprio Jurassic World, são aparições constantes ao longo do filme.
Ponto fraco? Talvez a “pressa” com o primeiro ato do filme e o pouco carisma de alguns dos principais personagens (Owen e Claire), em comparação com os principais de Jurassic Park (Dr. Grant e John Hammond). Tudo isto, no entanto, é perdoável diante dos já citados pontos fortes do filme.
Embora pareça com Jurassic Park, Jurassic World não deve ser visto como um remake. Pelo contrário: ele é a mais autêntica continuação do primeiro filme, e seguramente o único dos 4 filmes da série que é comparável com o primeiro. “O mundo dos dinossauros” é mais uma bela aventura que nos leva a 65 milhões de anos no passado.
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