O terceiro filme da famosa série Jurassic Park é marcado por dinossauros mais realistas, pela substituição de Steven Spielberg por Joe Johnston na direção, e por um roteiro paupérrimo. O filme também marca a volta de Dr Grant (Sam Neill), após a ausência em "O mundo perdido".
No filme, Eric é um garoto fascinado por dinossauros. Tão fascinado que é capaz de arriscar um sobrevôo na ilha Sorna, apenas para vê-los ao vivo e a cores. Só que enquanto Eric está se preparando para o sobrevôo, algo acontece aos membros da equipe de segurança do garoto, e ele e seu amigo Ben são forçados a pousar na ilha Sorna.
Desesperados, seus pais resolvem fingir serem um casal rico e em lua de mel, atrás de uma experiência nova e sobrevoar a ilha Sorna para verem dinossauros. Assim, eles procuram o dr. Allan Grant (Sam Neill), para que ele seja o guia nessa aventura. Grant, como sempre, se mostra relutante à idéia depois da má experiência na ilha Nublar (local do Parque Jurássico), mas a exemplo de sua primeira aventura, não tem dúvidas em ir à ilha Sorna quando vê que seria recompensado com um bom dinheiro. Quando estavam todos no avião sobrevoando a ilha Sorna, no entanto, o piloto afirmou que iria pousar. O casal, então, começa a gritar o nome de seu filho perdido, Eric, e tudo fica claro para Grant: O casal não é rico e o pai de Eric não é empresário. Após avistarem um espinossauro, todos entram desesperados no avião para levantar voo novamente, mas o avião cai. E aí não resta mais nada a todos a não ser procurar por Eric e tentarem sair vivos da ilha.
Quando vi o filme, a impressão que me deu é que tentaram forçar a barra para que a série tivesse mais um filme. Devem ter pensado: "Ah, vamos inventar um motivo para que haja mais um Jurassic Park... Que tal jogarmos um menino indefeso lá no meio dos dinossauros e fazer com que todos corram atrás dele?". Após os perigos apontados exaustivamente nos dois primeiros filmes, não creio que esta história tenha convencido muito os fãs da série.
Apesar do fraco roteiro, o filme tem vantagens em relação aos seus antecessores. Se os dinossauros do primeiro filme já eram bastante realistas, os deste filme são mais. A computação gráfica em torno dos movimentos dos dinossauros está mais aprimorada do que antes, e está mais difícil diferenciar quais são as cenas em que os dinossauros são bonecos reais e as que são objetos virtuais de computação gráfica.
Uma ótima sacada de Joe Johnston foi conseguir deixar este "Jurassic Park" com uma atmosfera mais, digamos, jurássica. O novo tipo de floresta da ilha sorna caiu como uma luva para o contexto do filme, e nos rendeu uma cena magnífica, passada 1 hora e poucos minutos do filme. O diálogo que antecedeu a belíssima cena dos braquiossauros, no barco, só aumentou a grandeza daquele momento. No diálogo, Eric e Grant conversam sobre o desaparecimento de Billy. Grant diz algo como "Existem dois tipos de homens: os que querem ser astrônomos, e os que querem ser astronautas. Uma coisa é você estudar os dinossauros de um lugar totalmente seguro, outra é querer tocar neles". Aí quando aparecem os braquiossauros, e Eric conclui: "Sabe de uma coisa dr. Grant? Billy estava certo". Sem dúvidas o grande momento do filme, com braquiossauros muito bem feitos e com uma floresta e um céu bem primitivos, ao melhor estilo "Em busca do vale encantado".
Se não tivesse tido um roteiro tão fraco e tão curta duração, Jurassic Park III teria ótimas chances de pelo menos se aproximar do sucesso do primeiro filme. Apesar de o saldo final do filme ser positivo, ele deixou a desejar. Um grande desperdício, porque o filme teve virtudes que os seus antecessores não tiveram.
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