Quando nos deparamos com uma obra literária que possui uma miscigenação tão grande de gêneros é comum que seja requerido do diretor um enorme cuidado para que o conjunto da obra, ora bem escrita, não se torne uma tragédia nas telonas.
Definitivamente este não foi o caso da película, que foi alcunhada no Brasil de “O último trem”.
Alias ao que recorda meus ouvidos, tenho como reflexão ao soar da palavra trem, uma história de vivencia monótona que trafega por entre os trilhos devagarzinho e nos leva a um lugar qualquer lúdico ao imaginário.
Infelizmente a obra de Ryûhei Kitamura me soa aos ouvidos com a mesma podridão que compreendo o metrô da capital paulista. Uma sensação de Caos sempre torneia minhas lembranças quando percebo que o terror, até então prometido no gênero do filme, me viria sim ao fitar melhor olhos sob esta película, mas incrivelmente não da forma como imaginara.
O Caos trazido pela monotonia das mortes sangrentas é o mesmo que me estrangula ao adentrar o metrô lotado. Fato pior é a maldade que minha mente Demetriana me leva a pensar. O que pode ser mais bizarro do que um assassino com um martelo? Um com uma Guitarra.
Até que pude, por fim ser aterrorizado, não pelo assassino possuído que estranhamente não se explica no filme, mas atônito fiquei, e além de tudo surpreso pela banalidade e futilidade que nortearam o final da trama.
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