Normalmente sequencias de filmes muito famosos tendem a serem inferiores, esquecíveis ou inexistentes ao publico. Mas quando a questão é George Lucas a situação é oposta; por mais que ele tenha uma mente muito criativa a sua direção é fraca quando tratada em roteiro e condução dos atores. Basta comparar as sequencias de seus filmes que foram conduzidas por outra pessoa como: O Império Contra Ataca (1980) de Irvin Kershner, O Despertar da Força (2015) do J. J. Abrams e este aqui pouca gente viu.
“More American Graffiti” ou “American Graffiti - E a Festa Acabou” ou “Loucuras de Verao – E a Festa Acabou”. Após dois anos dos eventos do primeiro filme, os amigos: John Milner (Paul Le Mat), Steve Bolander (Ron Howard), Terry Fields (Charles Martin Smith), Debbie Dunham (Candy Clark) e Laurie Henderson (Cindy Williams) agora graduados se reencontram num evento de corrida. E dois anos depois, no fim do ano de 1966, cada um deles seguiu sua vida e vão lidar com o momento mais critico e fim do sonho americano.
No primeiro filme (1973) Lucas contou sua nostalgia e sobre coisas que ele apaixonado em seus tempos de juventude como: carros velozes, lanchonetes, drive-tru e os primórdios da contra-cultura jovem. Inesperadamente o filme se tonou sucesso, foi indicado a 5 Oscars (incluindo filme e diretor) e ainda revelou algumas caras conhecidas atualmente como: Ron Howard (agora diretor), Richard Dreyfuss e Harrison Ford, e permitiu a Lucas realizar o projeto dos sonhos nas estrelas cinco anos depois. Assim o sucesso meteórico de Star Wars George se tonou o todo poderoso e decidiu agradar seus fãs quando contratou Bill Norton a escrever e dirigir a sequencia de seu primeiro clássico.
Sem grandes expectativas a este, confesso esta película me surpreendeu. Embora esta continuação tenha o mesmo esqueleto, formato de historia e situações semelhantes dos personagens no primeiro filme, aqui estas coisas acabaram se encaixando melhor. Porque no filme de Lucas praticamente os personagens masculinos tinham problemas parecidos envolvendo garotas; no filme de Norton, agora todos já maduros, vão vivenciar suas vidas com alguma situação nos Estados Unidos no final dos anos 60. John é piloto de corrida independente que está em busca da conquista e tem que lidar com uma intercamibislista sueca que não compreende nada. Terry se alistou para Guerra do Vietnã com intuito de ganhar respeito e se torna o rejeitado por seus superiores. Debbie virou hippie e tenta querer ganhar atenção de seu namorado ingrato. E o casal Steve e Laurie está em crise fazendo com que o movimento de protesto de ideais os separem. Falando no elenco, vale também destacar as participações especiais de alguns integrantes do primeiro filme que fazem "cameo" aqui como: Harrison Ford, Mackenzie Phillips e Bo Hopkins.
Norton também demonstra um pouco de seu talento. Nas cenas que envolvem Terry no Vietnã são filmadas do mesmo tipo câmera documental que registraram a guerra; enquanto as cenas de Debbie são filmadas em vários ângulos e pontos de filmagem, parecido com a serie 24 Horas, para gerar para espécie de alucinação hippie.
Mesmo sendo uma sequencia semelhante ao antecessor e não tendo feito o mesmo sucesso, More American Graffiti conseguiu desenvolver um pouco mais a complexidade de seus personagens, e manteve o mesmo ritmo ágil e divertido sobre como foi viver aqueles grandes anos na America.
NOTA=8,7
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