Para começar, devo dizer que não se têm muitas novidades a se falar a respeito de um filme que se propõe a ser igual a tantos outros. Convenhamos que a ideia de parodiar blockbusters já está mais do que desgastada e, por isso, surpreender plateias (claro, aquelas com um mínimo de exigência para com aquilo a que assistem) com esse subgênero da comédia passa a ser uma tarefa árdua.
No caso de "Super-Herói: O Filme", definitivamente não houve êxito algum, da parte de ninguém da equipe, na Missão Surpreender o Público a que me referia. Nada, literalmente nada de novo é apresentado nessa comédia. Sobre a história? Podemos resumi-la em uma linha: Pense no filme "Homem-Aranha". Agora troque a aranha por uma libélula e o "Duende Verde" pelo "Ampulheta". Pronto! Os detalhes a mais são apenas enfeites no pavão, que por sinal o deixaram bem feio.
O grande problema por parte do diretor é o de apostar em piadinhas que, há uns 10 anos atrás, faziam o maior sucesso nas comédias-pastelão hollywoodianas, mas que hoje dão até tristeza de se ver. Todos já sabemos que flatulências durante declarações de amor já perderam a graça há uns 20 filmes atrás, não?
Há momentos em que pensamos até em sair da sala, mas (e aí está a explicação para o meu 3.5) são nesses momentos que alguma cena hilária acontece e damos até algumas moderadas risadinhas que nos levam a dar mais uma chance para o filme (o famoso e quase sempre falho pensamento de "vamos ver se engrena!"). Foi isso que aconteceu comigo umas 3 vezes e que me fez aturar 85 minutos sem sair do cinema, mas um filme que me leva a desistir, por uma vez que seja, já não é digno de uma nota acima de 4.0. Apenas pela unica cena que me fez rir mais um pouco, quando o Libélula e o Ampulheta travam a primeira briga, no prédio da universidade, dou 3.5.
Então, quando estiver a procura de um filme de comédia para se distrair um pouco e se lembrar deste, bem, esqueça logo em seguida.
Se mesmo assim, sabe-se lá porque, só sobrar este, então acho que é dia de ler um livro...
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