O primeiro episódio da série Harry Potter, Pedra Filosofal, foi, até agora, a maior bilheteria da saga. Quando o segundo capítulo, Câmara Secreta, foi lançado, este teve uma bilheteria bem menor que a de seu predecessor. Essa menor renda se deve, principalmente, pela dura crítica que o segundo filme teve, e com razão.
A história de Câmara Secreta possui muitos pontos em comum com Pedra Filosofal. Nesse capítulo, Harry está prestes a voltar a Hogwarts quando um misterioso elfo aparece em sua casa alertando que Harry não pode voltar à escola, pois coisas horríveis estão para acontecer por lá. Porém, Harry volta a escola do mesmo jeito, embora dessa vez em um carro voador. Em pouco tempo de aulas, os nascidos-trouxa da escola começam a aparecer petrificados misteriosamente na escola, e Harry, Rony e Hermione tentam desvendar o mistério.
O roteiro, assim como o de Pedra Filosofal, é extremamente fiel ao livro, o que à vista dos fãs é ótimo, mas que acaba tornando o filme uma sessão exageradamente monótona, ainda mais com 161 (!) minutos, ou seja, quase 3 horas. Chris Columbus, embora ainda consiga passar a magia da saga, acabou reforçando essa situação, novamente conduzindo o filme de forma ruim.
As atuações continuam iguais às do filme anterior. O trio principal, Daniel Radcliffe (Harry), Emma Watson (Hermione) e Rupert Grint (Rony), sustenta o filme com atuações infantis, porém carismáticas (a diferença é que, agora, Rupert decidiu fazer mais caretas, as quais são bem chatas). Enquanto isso, os atores mais velhos continuam ótimos, com destaque para Richard Harris (Dumbledore), Maggie Smith (McGonagall), Alan Rickman (Snape) e Kenneth Branagh, em uma atuação divertidíssima do exibido professor Lockhart.
A parte técnica evoluiu pouco. A magnífica trilha sonora de John Williams é praticamente igual à do último filme. A ótima direção de arte continua afiadíssima, dessa vez introduzindo lindos cenários como a Câmara Secreta e a Toca (casa dos Weasley). Os efeitos foram aprimorados um pouco, tornando as criaturas um pouco mais realistas, como pode ser evidenciado pelo interessante elfo doméstico Dobby e pelo assustador (nem tanto) basilisco.
Câmara Secreta apresenta pouquíssimas melhorias para a série, o que torna esse o filme mais fraco da saga, justamente por não ter uma carga emocional tão grande quanto o primeiro capítulo. Porém, ainda é um filme razoável, com atuações carismáticas, momentos engraçados e uma boa parte técnica.
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