Tema tranqüilo, belas atuações, uma trilha sonora confortante e uma fotografia carismática fazem de Coração Louco um excelente filme. Jeff Bridges vive Bad Blake, um cantor de música country decadente. Alcoólatra, divorciado quatro vezes, ex-grande astro toca para públicos pequenos, sem dúvidas está em sua pior fase da vida.
Em sua turnê simplória conhece a gentil Jean Craddock – interpretada competentemente por Maggie Gyllenhaal. Uma jornalista simples que tenta se reerguer após divórcio. O filme segue inteiramente por aquilo que vemos normalmente no cinema: Blake é talentoso, contudo é esquecido. Também é solitário, uma vez que depois de anos sem ver seu filho ao tentar contato é rejeitado pelo mesmo. Não se tem “notícias” de família. Talvez pela semelhança e proximidade da história de vida do cantor e Jean os dois logo se dêem bem. O fato do mesmo se aproximar do filho dela – talvez por nunca ter sido do seu – também faz desse motivos para o “amor” dos dois.
Seria tão impossível imaginar que nesse novo momento a inspiração para compor (que há muito não surgia) viria com toda a força? Na verdade esta viria aos poucos... Juntamente com uns problemas: o surgimento de Tommy Sweet (Colin Farrell). Jovem cantor que aprendera tudo com Blake é o novo sucesso do momento. Talvez por seu reconhecimento tudo indica que este não fora justo com o velho, porém logo vemos suas boas intenções.
E aí surgem as mazelas: Blake ao beber num bar perde o filho de Jean. A magoa profundamente, automaticamente terminando seu relacionamento. Resolve entrar para os Alcoólicos Anônimos, e compõe a melhor canção da marcante trilha sonora do filme. Destaque para Bridges que se já estava excelente no papel, brilha cantando a canção.
Concluindo este humilde comentário: filme clichê e previsível. O belo tom do violão, a linda fotografia e Jeff Bridges inesquecível dão o verdadeiro glamour ao filme. Embora tenha achado inúmeros defeitos, este filme me pegou. Até o momento não sei o motivo, mas é um filme excelente... Ainda que não tenha mostrado nada novo.
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