Inicialmente, gostaria de destacar que como bom apreciador da sétima arte, procuro sempre embarcar na proposta e genêro do filme que será apreciado, o que torna mais justa qualquer avaliação crítica, ou mesmo uma breve exposição da opinião.
O filme em tela permeia assuntos como religiosidade e misticismo, mesmo que de forma perfunctória e pueril, sendo de fato uma obra de ficção científica.
Ultrapassadas essas breves digressões, o filme é patético em quase todos os sentidos técnicos. Possui um roteiro canhestro, limitado, e piegas ao extremo, com diálogos e interpretações de última categoria.
Assim, em diversos momentos da película, o constrangimento causado ao espectador é inevitável, diante de cenas tão artificiais e mal elaboradas, permeadas sempre por diálogos paupérrimos que beiram o ridículo.
Tais diálogos, estão sempre presentes em cenas de pseudo-comédia, que surgem vez por outra para tentar arrancar alguma risada do mísero espectador e quebrar a tensão. No entanto, um sorriso amarelo e de vergonha é muito possivelmente o máximo que conseguirá extrair.
Nesse caminho, o filme é uma afronta permanente ao espectador, não diverte quando se propõe a divertir, não assusta quando se propõe a assustar.
Merece apenas alguma nota, (0,5), por manter um certo clima de suspense em algumas poucas cenas e sequências.
Clima este que é sempre quebrantado pelo roteiro ridículo, péssima direção e por diálogos desastrosos. Por exemplo: em momentos de pseudo tensão, surge repentinamente a cena da "família perfeita americana", com direito a juras de amor e revelações patéticas que acrescentam nada a coisa nenhuma. Tudo muito politicamente correto, o que não é novidade nesses enlatados americanos de quinta categoria, tal qual a película em epígrafe.
Talvez, mais ridículo que os diálogos, são as interpretações, consubstanciando numa tarefa árdua estabelecer qual a pior delas nesse verdadeiro festival de mediocridade.
O veterando Mel Gibson que nunca foi bom ator, diga-se de passagem, quando exigido em cenas de cunho dramático dá um show...em verdade: show de aberração, de falta de talento, tornando as cenas cômicas com sua desditosa intrepretação.
Tal regra vale também para o ator Joaquin Phoenix. O ápice desta comicidade é uma cena em que toda a família se abraça após um momento de revolta do personagem de Gibson, uma das cenas mais toscas que já presenciei na história do cinema, que faz jus ao conjunto tétrico da obra.
Como toda regra possui exceção, que seja feita em relação a pequena Abigail Breslim que já mostrava seu talento, pouco tempo depois dando show de interpretação no brilhante "pequena miss sunshine".
Enfim, um filme para ser esquecido, e uma aula de como não se fazer cinema.
Até os aliens se assustariam com tal aberração.
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