"O melhor trabalho que já tive".
Fury é um filme com uma premissa interessante. O filme segue a campanha do sargento Wardaddy (Brad Pitty) e sua trupe rumo a Berlim no comando de um tanque nos últimos dias da segunda guerra mundial.O filme conta com uma ótima reconstituição de época, maquiagem impecável, fotografia muito bonita bem fria e cinzenta, edição excelente, ótima filmagem e atuações dentro da média, tinha tudo para dar certo mas não deu.
Para os que gostam de ação, Fury é um prato cheio, afinal ele tem tudo que um filme de guerra deveria ter: tiros, mortes, explosões, mutilações, adrenalina, heroísmo, patriotismo e por aí vai. No entanto assistir Fury pode ser uma experiência desagradável para pessoas mais exigentes e isso se deve a seu roteiro extremamente fraco e superficial.
Wardaddy (Brad Pitty) é o comandante durão porém com um bom coração. Está bem, atuação dentro da média, mas nada além disso.
Bible (Shia LaBeouf) é o soldado religioso e não podia ter um apelido mais sugestivo, está ali apenas para recitar versos bíblicos e de fato 90% de suas falas envolvem de alguma forma religião, o que não é ruim mas com o tempo cansa e torna o personagem superficial e descartável.
Grady (Jon Bernthal ) é o troglodita do time, um cara alto, forte e proporcionalmente burro, está ali apenas para tocar o terror, agir sem pensar e demonstrar o quanto é desprovido de massa encefálica.
Gordo (Michael Peña) é o mexicano que deve ter entrado por sistema de cotas de tão superficial e sem tempero que é o seu personagem.
Por fim temos Norman (Logan Lerman) o recruta novato que não entende nada de exército e foi para guerra apenas para ser datilógrafo e de repente se vê no olho do furacão tendo de substituir um integrante morto do time de Wardaddy mesmo sem ter o mínimo de experiência com tanques. E sejamos sinceros em um filme com o roteiro fraco como este Lerman carrega a trama nas costas.
O fato é, Fury tinha potencial, tinha força, mas jogou tudo pelo ralo com personagens estereotipados ao extremo, diálogos quase sempre fracos, atuações tecnicamente não tão convincentes e personagens superficiais e sem o mínimo de amadurecimento durante o desenrolar da trama, exceto Norman é claro, no entanto mesmo ele não tem um desenvolvimento dos melhores.
Fury peca e seu maior pecado provavelmente foi o medo de arriscar.
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