House of the |Long Shadows, ING, 1983. Diretor: Peter Walker. Elenco: Vincent Price, Christopher Lee, Peter Cushing, John Carradine, Richard Todd, Desi Arnaz Jr., Louise English, Norman Rossington, Sheila Keith, Richard Hunter.
Aceitando aposta de 20 mil libras de seu editor, um cínico escritor americano instala-se sozinho numa velha mansão deserta, com fama de amaldiçoada, no País de Gales, para redigir um romance gótico em apenas 24 horas. Acolhido pelo casal de supostos zeladores (apesar de seu editor ter lhe informado que a mansão estaria vazia), o escritor tem seu trabalho sempre perturbado por uma série de interferências: 1 - uma jovem secretária de seu editor, que se faz passar por espiã. 2 - um suposto motorista pérfido, herdeiro da propriedade. 3 – Um visitante interessado na compra da mansão. 4 – Um casal, buscando refúgio do temporal que assola a região. Logo o escritor e a secretária descobrem uma série de imposturas na identidade de todas aquelas pessoas, e descobrem que se tratam de 3 irmãos que, há 40 anos atrás, para evitarem um escândalo, trancaram, no sótão, um quarto irmão que teria assassinado uma jovem dentro da mansão. É quando esse irmão encarcerado foge para realizar sua vingança contra a família, com um desfecho surpreendente.
Com roteiro de Michael Armstrong & George M. Cohan, este filme, baseado na novela “Seven Keys to Baldpate” (história de estreia do escritor Earl Derr Biggers, publicada em 1913), que já passou por quatro adaptações para o cinema, ambientada em uma mansão gótica, com um cenário e figurino que lembram as produções da Hammer Inglesa dos anos 70, nos é apresentado um trabalho com ótima produção, um roteiro emocionante e final surpreendente, significando um presente de enorme importância sentimental, um tesouro riquíssimo, para os fãs de filmes de terror, principalmente por reunir, como elenco principal, pela última vez, quatro lendas da segunda geração da filmografia do gênero terror cinematográfico do século 20.
A primeira geração de astros especializados em filmes de terror foi representada por Boris Karloff, Bela Lugosi Lon Chaney e seu filho Lon Chaney Jr.
Pode-se dizer que essas duas gerações foram ligadas por alguns, nem sempre coadjuvantes, muitas vezes protagonistas de primeira linha no gênero, que foram Peter Lorre, Basil Rathbone, Conrad Veidt e Colin Clive. Sem contar as musas Barbara Steele, Fay Wray e Hazel Court. Todos dignificando esse gênero amado por muitos.
No elenco, o quarteto principal dispensa apresentações ou referências. O ator Richard Todd, que faz o editor, trabalhou com o mestre do suspense Alfred Hitchcock, no filme “Pavor nos Bastidores” (1950). Ele já trabalhou em uma centena de filmes. Com relação a filmes de terror, ele pode ser visto também em um dos episódios de “Asylum” (1972), da produtora inglesa Amicus Productions, rival da Hammer, e na refilmagem de “O Retrato de Dorian Gray” (1970). O ator Desi Arnaz Jr. não tem qualquer filme significativo, além deste para ser citado. Ele é filho do casal que protagonizava a série de TV “I Love Lucy” (Lucille Ball e Desi Arnaz). O trabalho mais notável, no gênero terror, da veterana inglesa Sheila Keith é “Frithmare” (1974), também dirigido por Peter Walker.
A edição nacional em DVD, pela Versátil Home Vídeo, como integrante da série “Obras Primas do Terror – Volume 7”, traz o filme na versão widescreen, com áudio Dolby Digital 2.0 (em inglês) e legendas em português. Inclui documentário especial sobre o filme e trailer. Duração: 100 minutos.
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