"O filme que desmascara a indústria do tabaco e prende o espectador em um dos melhores filmes do maravilhoso diretor Michael Mann".
Assim que defino "O Informante" de 1999. Dirigido por Michael Mann e estrelando os ganhadores do Oscar, Al Pacino e Russel Crowe, já havia certa pressão em cima.
O olhar de Mann em dirigir uma dupla de atores incriveis não foi fácil. Vemos isso em destaque pela aparencia fisica de Crowe e sua atuação que conseguiu roubar a cena do respeitado Al Pacino.
Jeffrey Wigand (Crowe) é um cientista que trabalha em uma empresa multinacional de tabaco. Ao ser demitido se sente no dever em desmascarar toda a maleficação e a ironia escondida na industria do tabaco. De certa forma ele tem a ajuda de Lowell Bergman (Pacino), produtor dos 60 Minutes que decide proteger Jeffrey para que ele tenha total segurança de fazer o que quer fazer.
O filme tem tudo para ser mais um suspense envolvendo sérias crises econômicas, familiares e empresariais. Mas como diz na critica de Wander Cabral, isso está longe de ser apenas mais um...
Conforme o filme vai passando, nos sentimos presos na situação psicológica de Jeffrey de contar a verdade ou não. Ele está encurralado, perdido e ficando louco, e isso conseguimos sentir com a atuação perfeita de Crowe unido á direção de Mann, que consegue focar a camêra de uma forma em que conseguimos sentir na pele a psicose do personagem.
Seus cabelos grisalhos, sua aparência exaustada, seu senso de desespero ao se envolver em uma briga judicial, onde um homem está contra uma multinacional empresa, é de deixar o queixo caido.
Daí temos então a atuação do mestre Al Pacino que, apesar de ser um ótimo ator, não tem tido o brilho que merece nos ultimos anos. "O Informante" é na minha opinião, o ultimo filme que Pacino realmente teve aquele prazer em fazer, fez maravilhosamente bem e brilhou como merece. Depois tivemos fiascos como "O Articulador" entre outros.
Pacino é Lowell, o produtor do 60 Minutes (programa famoso nos EUA exibido pela emissora CBS do gênero documentario) que consegue um encontro com Jeffrey e aos poucos em meio de um caos consegue fazer com que ele faça a entrevista. No então não sabemos muito bem se Lowell está mais interessado na entrevista do que protejer seu informante, mesmo o protejendo com todos seus contatos e sua credibilidade. Mas aos poucos ganhamos a confiança do personagem, esse que é o "Ultimo Grande Personagem De Pacino nos Cinemas".
Mann conseguia compor seu filme de uma forma extraordinária. A relevância do diretor, ao ter feito clássicos como "O Ultimo Dos Moicanos" e "Fogo Contra Fogo" já era digamos que, respeitada.
A história de "O Informante" é real e ocorreu em 1995. Mann conseguiu encaixar cada detalhe da história em quase 3 horas de filme com toda a classe medida atravéz de seus méritos artísticos, sua respeitada carreira e sua visão perfeita para conduzir um sucesso, ou vários que ele já dirigiu.
Em "O Informante", ele deixou uma imagem meio incomum. Em alguns takes, o filme pode parecer mais um documentário, em outros um filme psicodélico (como a cena do "FUCKIN' PHONE!" no hotel) e assim montando sua obra-prima.
Enfim, não sou um critico de cinema porém sou um cinéfilo de coração, e posso afirmar com meu conhecimento que "O Informante" é uma obra-prima chocante, sensivel, um filme feito para o cinema.
Sua mensagem é quase imprevisivel, então assistam esse filme pelo menos umas duas vezes, não irão perder seu tempo!
"O Informante" foi indicado á 7 Oscars, incluindo MELHOR FILME, mas perdeu todos. Bem que um poderia ter ganhado né...
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