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The Walking Dead - S06E08 - Start to Finish


De forma até frustrante para alguns fãs, o episódio optou por uma maior sutileza, com poucos momentos de explosão violenta. O cerco que se intensificava desde o início da temporada agora atinge o ponto máximo com a queda da torre e a queda da muralha, com a população de Alexandria obrigada a se esconder em suas casas com a manada morta-viva que toma o lugar. 

O episódio tem dois focos principais: primeiro, o calvário de Deanna, que após "alienar" e "mimar" os habitantes do local, pela primeira vez lida com uma ameaça praticamente incontrolável, o que ameaça ainda mais sua "utopia" do que o ataque dos Lobos. Encarando de forma compreensiva e resoluta seu grande desafio, suas cenas rendem alguns dos melhores diálogos do episódio, ainda que a execução peque pelo esquematismo de plano e contraplano e música melódica emocional acompanhando. Quase uma síntese da queda de braço que é adaptar The Walking Dead para a televisão, constantemente oscilando entre as situações limítrofes arquitetadas em cima de brutalidade e introspecção e um certo "drama barato" televisivo operado em cima de didatismo e apelos fáceis.

O segundo foco do episódio, já bem mais resolvido que a crise de Deanna na casa de Jessie, consiste na queda de braço entre Morgan, que insiste em manter cativo um dos Lobos como parte sua filosofia de não matar, e Carol, que descobre o seu segredo e insiste que o que mantém a comunidade viva é liquidar qualquer ameaça. A situação logo se torna insustentável e parte para o conflito, que tem uma resolução brutal e desoladora, sem concessões fáceis como a do arco correndo em paralelo. Morgan, com suas ideias particulares, torna-se cada vez mais anacrônico na comunidade; agora, a rota de colisão entre as duas formas de ver o mundo tornou-se inevitável e ameaça concretamente a todos se não for resolvida o mais cedo o possível.

Com um final em suspenso, a mid-season finale termina sem grandes conclusões além da que a liderança e filosofia do grupo de Grimes agora se tornaram a situação em Alexandria; todos serão obrigados a revisar seus valores em nome a da sobrevivência. 

O drama daqueles que se recusam a adaptarem-se àquele novo mundo e a reconstrução das barreiras físicas e dos pilares emocionais deve ser a tônica de boa parte dos próximos episódios - até  a cena pós-créditos, que denota, como toda história de (re)construção de uma civilização,  o conflito humano pela sobrevivência sempre tendo que enfrentar novos indivíduos e novos desafios.


6.5

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