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The Walking Dead - S06E05 - Now


Assistir uma série de televisão, em seus formatos fechados, é sempre um exercício de expectativa, aposta, paciência e frustração; raras são as séries, mesmo as melhores já feitas, que consigam fazer com que todos os episódios sejam indispensáveis à narrativa. Nisso, claro, falando da narrativa principal, e excetuando-se episódios que são propositalmente descolados da narrativa: é característica de, quando você tem uma faixa de tempo maior, você se permita mais a explorar diferentes linhas temporais, diferentes pontos de vista e detalhar ao máximo a história que você conta. Foi o caso de Here's Not Here, episódio da semana passada.

Mas em Now nós vamos lidar com Alexandria depois do ataque dos Lobos e após o estouro da manada zumbi, e é isso. As respostas para os dilemas que os três primeiros episódios nos entregaram só irão vir muito provavelmente na midseason finale. Os episódios de meio de temporada em um seriado estão  quase que por obrigação para serem uma "barriga", para fecharem uma metragem  esperada. No caso de Walking Dead, dezesseis episódios por temporada, com arcos maiores envolvendo oito episódios cada.

A diferença é se usa-se a barriga para apenas fomentar as expectativas  relativas a questões deixadas em aberto, ou se aproveita o tempo para desenvolver seus personagens. E digamos que se por um lado a série consegue fazer isso com Deanna Monroe, apresentando um conflito palpável, a crise de confiança na utopia e na liderança, e Maggie em dúvida entre a autopreservação e se arriscar pelo outro os planos e as pressões, mas não é algo que se vê por todo o episódio; é incrível que tantos personagens regulares ganhem atenção em seus conflitos para então morrerem, mas tantos personagens centrais (Daryl, Michonne...) passem tanto tempo sem conflito algum, gerenciando conflitos de outros, mas com questões pessoais surgindo muito pontualmente. Outros só recebem um ou dois minutos de atenção - como Carl e o núcleo adolescente.

Now não tira fôlego, segura uma expectativa no ar, quer abraçar muitos personagens com muitos conflitos em apenas 40 minutos. O episódio anterior não avançava a trama, mas aprofundava a mesma que só ela; já esse, é uma pavimentação rasa e sem muito vigor. Uma macroestrutura é algo bem complexo de se trabalhar com; e já não é a primeira vez que Walking Dead sofre de irregularidade com isso.

5.5

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