Saltar para o conteúdo

Notícias

Cine Ceará 2019 expande sua mostra local

O 29o. Cine Ceará - Festival Ibero-americano de Cinema decidiu realmente construir uma seleção inesquecível em sua edição que se realiza entre os próximos dia 30 de agosto e 6 de setembro. Essa edição ficará marcada como uma expansão de ideias e de possibilidades, mais ampla para o cinema como um todo, mas principalmente para o cinema cearense que será celebrado a partir do fim do mês.

Com a produção local atingindo números impressionantes - foram 9 longas e mais de 100 curtas inscritos - ao menos para essa edição o presidente do festival Wolney Oliveira, junto à curadora de longas Margarita Hernandez e os curadores locais Diego Benevides e Breno Reis decidiram expandir a Olhar do Ceará, que terá competição de curtas e também de longas. Então além dos 4 longas cearenses que já tinham sido anunciados na seleção oficial ('Greta' de Armando Praça e 'Notícias do Fim do Mundo' de Rosemberg Cariry na competição principal, e 'Soldados da Borracha' de Wolney Oliveira e 'Pacarrete' de Allan Deberton nas sessões especiais), outros 3 longas do estado competirão por esse prêmio específico da Mostra paralela local.

É uma prova da força da cinematografia específica local, e também a certeza de que, com a Olhar do Ceará, a indústria local expandiu sua produção, que hoje tem a capacidade de manter uma competição de alto nível de trabalhos próprios além do formato curta, que há alguns anos só aumenta sua qualidade e sua representatividade. Entre os títulos que estarão presentes na Olhar, 'Tremor Iê' de Elena Meirelles e Lívia de Paiva e 'O Bando Sagrado' de Breno Baptista, já tinham provado sua força na última edição da Mostra de Tiradentes, e agora estarão no Cine Ceará para reafirmar essa potência da cinematografia cearense. 

OS FILMES DA MOSTRA OLHAR DO CEARÁ

LONGAS-METRAGENS

Currais. Dir. David Aguiar e Sabina Colares. Documentário. 2019. 91min.

Se arrependimento matasse. Dir. Lília Moema Santana. Ficção. 2019. 109min.

Tremor iê. Dir. Elena Meirelles e Lívia de Paiva. Ficção. 2019. 89min.

 

CURTAS-METRAGENS

A família marrom. Dir. Natal Portela. Documentário. 2019.

A mulher da pele azul. Dir. Esther Arruda e Pedro Ulee. Documentário. 2019.

A primeira foto. Dir. Tiago Pedro. Documentário. 2019.

Aqueles dois. Dir. Émerson Maranhão. Documentário. 2018.

Caretas. Dir. Sara Parente. Documentário. 2019.

Deusa Olímpica. Dir. Emília Schramm, Jéssika Souza, Pedro Luís Viana e Rafael Brasileiro. Documentário. 2018.

Espavento. Dir. Ana Francelino. Ficção. 2019.

Grilhões. Dir. Lucas Inocêncio. Ficção. 2018.

Hoje teci imagens que me habitam há muito tempo. Dir. Nilo Rivas. Experimental. 2019.

Icarus. Dir. Vitor Rennan e Vitória Régia. Documentário. 2018.

Iracema mon amour. Dir. Cesar Teixeira. Ficção. 2018.

O bando sagrado. Dir. Breno Baptista. Ficção. 2019.

Oceano. Dir. Amanda Pontes e Michelline Helena. Ficção. 2018.

Onde a noite não adormece. Dir. Paolla Martins e Rodrigo Ferreira. Ficção. 2018.

Onde a cidade é comida, saudade é fome. Dir. Willian Ferreira. Experimental. 2019.

Revoada. Dir. Victor Costa Lopes. Ficção. 2019.

Veias de fogo. Dir. Carnaval no Inferno. Documentário. 2019.

 

Comentários (3)

Ted Rafael Araujo Nogueira | quinta-feira, 08 de Agosto de 2019 - 18:46

Bom lembrar que o filme Currais também mostrou força em Tiradentes e bem comentado fora tanto pela crítica quanto pelo público. Garanto que faz parte da tal da "potência cinematográfica" citada com cara de eloquência.

Ted Rafael Araujo Nogueira | quinta-feira, 08 de Agosto de 2019 - 20:37

Kadu só a título de informação, o lances dos campos ocorrem antes do Getúlio. No Currais o foco foi o campo de 1932, que de fato fora o mais proeminente período para tal, mas em 1915 rolou pesado também. O Getúlio deu continuidade à putaria. Havia uma máfia do estado pra manter os campos ativos enquanto rolava um puta desvio de verba tanto das obras, quanto dos víveres dos concentrados.

Ted Rafael Araujo Nogueira | quinta-feira, 08 de Agosto de 2019 - 21:46

Pois é macho. Funcionou como uma continuação da escravidão. Modus operandi similar. Institucionalizado. Eram até proibidos de sair dos campos. Várias obras da cidade de Fortaleza foram feitas com mão de obra dessa galera, sem comentar no sem número de açudes e obras outras no interior. Claro que no meio do desespero da seca aos flagelados era vendida pelo estado a ideia de oportunidade unívoca de sobrevivência.

Ted Rafael Araujo Nogueira | quinta-feira, 08 de Agosto de 2019 - 20:40

O Bolsonaro é anacrônico e não sabe sua função. Ele é eleito pela maioria votante, fora nulos e abstenções, e por isso crê que tem o poder de mandar no país como quer, como se ele tivesse arrendado o Brasil por 4 anos. E mantém todo o discurso aloprado dele em cima disso.

E o desmantelo do lance indígena é agora. Tá no pau.

Ted Rafael Araujo Nogueira | quinta-feira, 08 de Agosto de 2019 - 21:59

Claro. Pra esta turma índio é atraso e história só interessa pra enaltecimento militar. Não do país como um todo, mas militar.

Ora está virada era óbvia. Defender os interesses históricos do país não interessam. A destruição é troca troca interessa mais. O desmatamento escroto, que ainda nos vendem como mito. Sou puto com uma porrada de coisas, mas poucas superam o estreguista escroto que sangra o país, esse não me interessa se é burro ou mal caráter. Merece um fuzilamento maroto.

Ted Rafael Araujo Nogueira | quinta-feira, 08 de Agosto de 2019 - 23:21

Macho é a era da anti-intelectualidade. O conhecimento é diminuído e a arrogância impera. Por isso que a galera que não argumentava porra nenhuma é ficava calada, hoje grita e se desespera querendo impor na marra seu discurso fodido. Este governo da cada vez mais espaço a isso.

Faça login para comentar.