Filmes de cassinos: dos clássicos aos atuais - o que mudou?
Imagem de ThomasWolter no Pixabay
Assim como as sociedades, as artes feitas por pessoas não se mantêm estagnadas com o passar do tempo. E isso é positivo! No caso dos filmes, a temática de cassino passou por evoluções bem notáveis.
Os filmes de cassino construíram um espaço no imaginário coletivo que ultrapassa o cinema e tem impactos culturais notáveis ao redor do mundo. Mesmo no Brasil, onde cassinos físicos são proibidos, a estética ainda está presente em plataformas de cassino online e atrai o interesse de muitas pessoas.
No caso específico da sétima arte, títulos como “Onze Homens e Um Segredo”, “Quebrando a Banca” e “007: Cassino Royale” se tornaram clássicos apreciados por multidões. O que nem todos consideram é que filmes mais antigos de cassino são distintos daqueles que foram lançados em tempos recentes.
Para entender essas diferenças, precisamos compreender os contextos em que longas-metragens são lançados, levando em conta que mudanças de paradigmas nas sociedades ditam o que é colocado na tela. Os tópicos abaixo vão explorar todos esses temas, com exemplos de filmes de cassino famosos.
Os filmes de cassino clássicos
Entre 1934 e 1968, todos os filmes lançados em Hollywood deviam respeitar uma série de regras sob o nome de “Código Hays”, o qual ditava o que podia e o que não podia ser mostrado no cinema. Como consequência, os filmes produzidos nessa época evitavam tópicos controversos, como jogos de azar.
Ou seja: embora aparições pontuais de cassinos e apostadores existissem antes da década de 70, foi apenas com a abolição do Código Hays que o espaço ganhou mais proeminência nos filmes. Em sua infância, esses filmes se focavam em atividades criminosas e dramas relacionados com cassinos físicos.
A primeira grande “ruptura” pós Código Hays aconteceu na virada do milênio, como vamos falar adiante. Títulos clássicos de cassino incluem: Onze Homens e Um Segredo (original, 1960), A Mesa do Diabo (1965), 007: Os Diamantes São Eternos (1971), Jogando com a Sorte (1974) e O Jogador (1974).
Filmes de cassino modernos
Como sabemos, o espaço dos cassinos mudou drasticamente com a popularização da internet. O que antes existia apenas presencialmente passou a ser também uma atividade digital, até mesmo com o advento de plataformas como a Wetten (https://wetten.com/br), que listam e comparam os cassinos.
Nesse sentido, a internet roubou o protagonismo dos cassinos presenciais, se tornando o “hub” onde jogadores encontram uma atividade que ampliou sua prática. E, como podemos imaginar, colocar os personagens por duas horas na frente de uma tela não é uma experiência cinematográfica divertida.
Como consequência, o “tom” dos filmes sobre cassinos também se alterou, abandonando temáticas criminosas em prol de suspenses onde mocinhos e heróis jogam e vencem. Se no passado o hobby das apostas em cassinos era visto como algo negativo, no presente isso está longe de ser uma verdade.
Exemplos de títulos sobre cassinos surgidos um pouco antes da virada do milênio e até tempos atuais, com essa nova roupagem, são: Cassino (1995), Cartas na Mesa (1998), Parceiros de Jogo (2015), A Grande Jogada (2017); e, é claro, o clássico remake de Onze Homens e Um Segredo (esse do ano 2001).
O que mudou nos filmes de cassino com o passar das décadas?
Como você pode perceber, baseado nas discussões anteriores, os filmes sobre cassinos parecem ter caído em desuso, com poucos exemplos realmente relevantes atuais. Um deles, “Oito Mulheres e Um Segredo”, existe parcialmente como consequência de um título anterior que revolucionou o gênero.
As razões para isso são muitas, com a principal delas sendo o fato de que os cassinos agora podem ser experienciados de qualquer lugar. Um filme relativamente recente, “Les chambres rouges”, lançado em 2023, por exemplo, mostra as apostas; mas elas são praticadas pela protagonista da própria casa.
A tendência é que os jogos de cassino e as apostas continuem aparecendo no cinema, apenas de uma maneira distinta. Os cassinos presenciais podem ter se tornado mais escassos na telinha, mas é certo que a prática desse hobby em si está longe de ser algo que foi “esquecido” pelos longas-metragens.
Inspirado em tudo o que discutimos até aqui, é correto dizer que os filmes de cassino continuarão se modificando nos próximos anos. A arte sempre serviu (e sempre servirá) para refletir pensamentos e valores da sociedade e do espaço cultural onde foi produzida; o que não é diferente com o audiovisual.
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