“American Hustle” possui um enredo bem definido. Aborda um tema intrigante e segue os moldes dos demais filmes do gênero. Notei, inclusive, algumas semelhanças de direção, atuação, trilha e fotografia, com o filme “O Poderoso Chefão – Parte III”. É interessante a forma que o filme trabalha com as ações de seus personagens.
Máfia, corrupção e políticos fazem parte do foco principal da história. Ao decorrer, demonstram o que é a trapaça de uma trapaça. Desse modo, é possível fazer uma reflexão, até filosófica, daquilo que é justo ou injusto. De um lado, trapaceiros com X interesses. Do outro, interesseiros com Y objetivos. Cada um com suas próprias razões: seja por dinheiro ou por querer ajudar a população (conforme o prefeito dizia).
Nesse contexto, é até difícil dizer quem é o vilão da história. Seriam aqueles que induzem a corrupção, os que se sujeitam a mesma ou ambos? O enredo é, de certo modo, interessante.
Contudo, o filme não foi um pacote completo. Não trouxe nada de tão inovador que justificasse sua indicação ao Oscar de melhor filme. Pelo contrário, o que vi foi um desenvolvimento padrão e muito americanizado. O desfecho também deixou a desejar. A ideia de o vilão virar suposto mocinho é das antigas, sendo bem previsível.
Por essa e outras razões, foi um filme interessante, porém faltou algo que surpreendesse. A parte técnica não foi sensacional. Sinceramente, acho que a Academia pecou em valorizar tanto esse filme. Faltou imaginação. Faltou ação. Quem estava bem foi Christian Bale, o qual se destacou brilhantemente.
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