Particularmente não gosto de filmes ambientados em manicômios, como também os que giram ao redor de personagens com alguma deficiência mental. Claro que, vez ou outra, surge uma produção interessante.
Um homem, Prot (Kevi Spacey), aparentemente surgido do nada em uma estação de trem, se envolve em uma pequena confusão que atrai a atenção da polícia. Após algumas respostas estranhas, é encaminhado a um manicômio onde fica aos cuidados do Dr. Mark Powell (Jeff Bridges). A não ser por se dizer um visitante de outro planeta, o fato de que os medicamentos parecem não ter efeito algum na fisiologia de Prot e os conhecimentos de astrofísica do paciente, aparentemente não há nada de errado com o sujeito, levando o Dr. Powell a uma dúvida atormentadora.
Em resumo, o filme é regular. K-PAX é um drama emocional no qual acompanhamos um suposto alienígena vindo de uma civilização infinitamente mais avançada, que interfere positivamente na vida das pessoas com as quais se envolve tal qual um mestre zen. A cena na qual Prot é interceptado pela polícia chega a ser hilária por lembrar o Brasil. Ao ver uma senhora ser roubada por deliquentes na estação de trem, Prot se aproxima para ajudá-la a levantar. A polícia ao ver a cena logo o toma como o assaltante (!). Nos Estados Unidos, ele foi encaminhado ao Sanatório. No Brasil iria para um presídio qualquer e aguardaria 1 ou 2 anos para ver algum juiz. O filme desperta algum interesse nos fãs da ficção científica por conta das explicações científicas de Prot a respeito de viagens à velocidade Táquion e demais conversas sobre astrofísica, parte da tentativa do Dr. Powell trazer Prot de volta a realidade. Previsivelmente, o que vai acontecendo é o contrário. Na verdade, a maior parte do roteiro é bem previsível e cheio daquelas dicas alienígenas de preservar a Terra e termos mais atenção uns com os outros. “No meu planeta não temos alimentos saborosos assim”, diz ao comer uma banana com casca. Além de ser clichê, funciona como a velha chamada de “você precisam cuidar melhor do planeta”. Aos poucos, ele vai conquistando a todos (menos a mim), e ajuda até a curar alguns pacientes. Resta então resolver o mistério. Prot é ou não um alienígena? Essa resposta é a que mantém o espectador até o final.
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