A guerra fria chegou ao seu auge em 1962, com a “Crise dos Mísseis Cubanos”. Acabou oficialmente em 1991 quando a União Soviética se esfarelou. Mas felizmente não há nenhuma previsão para que chegue ao fim em Hollywood.
Nos tempos da guerra fria, havia um assassino profissional provavelmente de origem soviética conhecido apenas como Cassius. Quando um senador americano é encontrado degolado, o mesmo modus operandi do misterioso assassino, a CIA convoca o agente aposentado Paul Shepherdson (Richard Gere), um homem que fora obcecado por capturar Cassius, para ajudar nas investigações. Com a ajuda do novato agente do FBI Ben Geary (Topher Grace), os dois tentarão descobrir quem matou o senador.
Em resumo, o filme é bom. O grande mistério de Codinome Cassius não é a identidade do assassino, que é o próprio agente Shepherdson. Não é spoiler. O próprio trailer entrega a identidade de Cassius, assim como algumas versões de capas com frases como “Mantenha seu inimigo próximo”. O mistério é outro. Fica então uma trama de espionagem CIA-Guerra Fria-FBI na qual Cassius persegue a si mesmo. Suas intenções e motivações são reveladas ao longo da trama sem deixar de apresentar algumas surpresas nos momentos finais. Em certo ponto, o espectador convive com a dúvida acerca do caráter de Cassius: seria ele um assassino frio como a história mostra, ou alguém dotado de um objetivo mais nobre? Creio que a grande falha do filme foi a escalação do ator Topher Grace. Sua aparência de garoto vítima de bullying em meio a máquinas de matar soviéticas é um tanto quanto irritante. Codinome Cassius não traz uma trama complexa tal qual O Espião Que Sabia Demais, tampouco possui cenas de ação empolgantes como a Trilogia Bourne, e não traz um roteiro sem falhas lógicas, mas é um entretenimento eficiente para ocupar uma hora e meia.
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