Em O Homem que Mudou o Jogo, acompanhamos Billy Beane (Brad Pitt), administrador do time de beisebol A’s, de Oakland, tentando reconstruir sua equipe esportiva que teve seus melhores jogadores vendidos para times com maior poder aquisitivo, como aliás sempre acontece ao final de cada temporada. Billy tenta encontrar um meio de fazer com que a vitória no beisebol não dependa apenas da escolha dos jogadores através de seu valor de mercado, mas de conseguir enxergar e pontuar valores que ninguém mais consegue ver, nem mesmo os experientes olheiros. Com a ajuda do jovem economista Peter Brand (Jonah Hill), que desenvolve um software que pontua detalhadamente características baseadas em dados de jogos anteriores, surge uma oportunidade de experimentar algo novo. Ou seja, tentam aplicar a matemática ao jogo. Isso gera conflitos com os dirigentes, o treinador, o público e os repórteres da área esportiva, colocando sua carreira em risco mais uma vez. Quando o time começa a perder continuamente, é hora de decidir se a estratégia vale arriscar seu futuro profissional ou admitir que estava errado apostando em uma teoria louca.
Em resumo, o filme é bom. A história, baseada em fatos reais, se concentra em apresentar o esporte como ocorre por trás dos bastidores quase como um documentário. A organização e estruturação dos times, tal qual uma empresa que visa o lucro, que no final é o verdadeiro objetivo do esporte de arena. O Homem que Mudou o Jogo é um filme extenso, repleto de diálogos técnicos, e por isso se torna bastante monótono por vezes. Mas graças aos aspectos pessoais da vida de Billy Beane, ex-jogador e ex-olheiro, um sopro de vida recai sobre a obra. Quando entendemos que sua motivação para ganhar o jogo vai além do aspecto profissional, o filme se torna cada vez mais interessante, e saber que foram fatos baseados na vida real, tornam ainda mais significativas os resultados da atitude de Beane. Além do mais, ressalta o medo de tentar algo novo que as pessoas e instituições nutrem. Quando o sistema está perfeito, os vitoriosos não desejam mudanças, e passam a atacar implacavelmente quem os ameaça. Trata-se de um drama que na verdade também não quer passar apenas uma lição de vida, mas de história, e na vida real, nem sempre o final é o melhor. Foi indicado para o Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Montagem e Mixagem de Som, mas ironicamente perdeu todos.
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