É! É num barzinho que eles discutem a relação
Ora! Quem disse que os homens não gostam de uma “D.R.”? A tal da: “discutir a relação”. Pois Eles gostam sim! Agora, eles preferem fazer isso numa mesa de bar, entre um chopinnho e outro, e o mais importante: só entre eles. E é o que, temos em “E aí… Comeu?“. Um tipo de clube do Bolinha numa mesinha de um sugestivo barzinho de nome Harmonia. Não se trata de uma guerra de sexos, mas sim machos tentando se dar bem com uma única fêmea. Mesmo que pelo caminho adentrem em outros territórios.
Nesse barzinho, três diletos amigos – Fernando (Bruno Mazzeo), Honório (Marcos Palmeira) e Afonsinho (Emilio Orciollo Netto) -, falam de suas relações com mulheres. Héteros convictos, choram suas mágoas. Fernando ainda não superou a separação, com isso resiste às investidas de uma ninfeta. Honório, acha que a mulher o trai. E Afonsinho prefere se relacionar com prostitutas. Enquanto um se ressente de não mais ter um relacionamento duradouro, o outro já com uma par de anos no casamento não vê o porque que a antiga chama da paixão acabou, e o terceiro que sonha ser um escritor teme sofrer numa relação nada superficial.
De mentor para esse trio, há um garboso garçom. Personagem vivido por Seu Jorge. E que de tabela, tira a maior onda por essa “semelhança” com o cantor. Onde um dos quesitos no seu manual do conquistador: cantar para a mulherada. De mentor para apenas o Fonsinho, tem seu Tio, que é um Editor, personagem de José de Abreu. Para completar esse outro também excelente trio, temos o “outro” na vida do Fernando. Não entra como um outro mentor, mas sim como um grande sedutor do pedaço. Ele é Wôlney, personagem de Murilo Benício.
Sedutor, garanhão, amoroso, cafajeste, bruto… seja de que tipo for que eles assumam, o que têm em comum é a objetividade na maneira de contar. Então, o que seria um palavrão para muitos, para eles é conversar sem se preocupar em buscar por um eufemismo. Afinal, ali é o lugar sagrado deles. O que nessa hora, se na mesa do lado querem ouvir um romantismo, é melhor procurar outra mesa longe.
Não citei as mulheres porque mesmo atuando bem, o filme é deles. Homens! Já que se trata de um mergulho no mente masculina. Por mais histórias que elas têm na vida deles, no geral, são objetos de conquistas. Ficando como pano de fundo para esse momento frustante deles. Não adiantando chorar por estarmos diante de mais um excelente filme sobre o universo masculino.
O filme é baseado numa peça teatral de Marcelo Rubens Paiva. Não a vi no teatro. Mesmo assim afirmo que o autor, que também assina o Roteiro, fez uma excelente adaptação para o Cinema. Atuações, Trilha Sonora e a Direção de Felipe Joffily fazem esse filme descer redondinho. Como o chopinho entre amigos num barzinho.
Então é isso! Vale o ingresso! Vale até mais tarde a locação de um Dvd para se divertir mais uma vez. Agora, se você se choca em ouvir certas palavras, melhor procurar outro filme. Mas irá perder uma comédia hilariante. De ficar com os maxilares meio doloridos de tanto rir. Amei!
Por: Valéria Miguez (LELLA).
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