Mais um filme onde Dwayne "The Rock" Johnson mostra suas veias humorísticas, que por sinal, estão muito bem, aliado a seu enorme carisma em frente as câmeras. Treinando o Papai é uma divertida história onde Joe Kingman (The Rock) descobre que é pai de uma pequena garota, onde esta passa a morar com ele, ocasionando em inúmeras cenas divertidas e deliciosas de se assistir numa tarde de sábado ao lado da família. Tudo é motivo para cenas cômicas, envolvendo muita correria e bagunça, muitas por sinal, pelo time de futebol onde Kingman é a estrela. O relacionamento entre pai e filha é conduzido de forma simples, porém carismática, sendo envolvidos por dezenas de clichês do gênero, mas não deixando o clima bem construído pelo diretor Andy Fickman e atores cair.
O filme é inteiramente leve e descontraído, onde The Rock é o que mais se diverte com toda a 'brincadeira' provocada pelo roteiro de Nichole Millard, Kathryn Price e Audrey Wells. É possível notar que nos extras do DVD do longa, toda a equipe trabalha e leva o filme em um tom aprofundado de descontração, o que podemos sentir ao ver o filme. Elvis Presley é homenageado aqui pelo diretor Andy Fickman, com várias passagens e referências, até mesmo com uma interpretação musical de The Rock, cantando 'Are You Lonesome Tonight' para a filha, contando também com um animado final, ao som de Burning Love (gravado por Elvis em 72).
Apesar dos clichês, o filme consegue ser engolido pelo público, mesmo sendo lento em algumas montagens, quebrando seu ritmo de uma só vez, o que pode desagradar alguns. As situações são construídas de forma simplória e por algumas vezes soa um ar inverossímil, bem como as interpretações rasas dos atores coadjuvantes, que não possuem qualquer peso dentro da trama, como a ex-esposa do jogador ou até mesmo sua empresária. Tudo o que acontece no filme é esquemático e programado para que aconteça de forma que o roteiro ande a diante.
Mas sem dúvida, o maior ponto negativo do filme é a sempre insistência dos filmes de Hollywood em pregar moralidade em seus finais (aconteceu isto nos principais filmes que fecham uma trilogia no ano de 2007, (como Homem Aranha 3, Shrek Terceiro e Piratas do Caribe: No Fim do Mundo) mudando desnecessariamente o ritmo e tom que a projeção vinha mostrando, novamente com a quebra (já mencionada) de ritmo operada pelo diretor. Apesar dos defeitos, é um filme carismático, devido aos trabalhos do protagonista que compoe um filme descontraído e charmoso, quando não quer sério e pregador.
Estreou nos EUA muito bem, arrecadando em seu total R$ 90,648,202 e no restante do mundo R$ 57,232,341, resultando em ótimos R$ 147,880,543. Para os estúdios que lançam tais produções, os valores que aqui se fizeram presentes demonstram cada vez mais que tais veículos são viáveis, e a cada dia vão encher os cinemas do planeta todo, tendo em vista que suas tramas leves voltadas geralmente para o âmbito familiar, rendeu e sempre renderá um excelente retorno. E falando francamente, Treinando o Papai é um prato cheio para quem vai aos cinemas acompanhar um filme descontraído com os familiares, o que significa praticamente, sucesso comercial garantido.
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