Só a pouco tempo, tive o interesse de parar, e assistir "Eu sou a Lenda", não por considera-lo fraco de véspera, mas sim, por ter uma lista infindável de filmes que, sem motivo aparente, ainda não tinha visto. Pois bem, vamos ao que realmente interessa.
Mais do que "zumbís" comendo miolos, o filme nos mostra um lado mais dramático, mais humano, o que é algo raro em grandes produções de ação Hollywoodiana. Marco zero, é como o coronel Robert Neville (Will Smith) descreve a cidade de Nova York, pois lá, o [V.K] ou vírus Krippin, foi inicialmente identificado e disseminado como sendo a cura para o câncer. Na verdade, a cura nada mais era do que o vírus do sarampo em uma forma mutante, desalerando o crescimento de células cancerígenas, entretanto, causava um efeito totalmente devastador no indivíduo que fosse submetido ao tratamento. O resultado, anomalias físicas e mentais, transformando pessoas em seres incapazes de viver em sociedade e pior, totalmente letais.
O doutor Neville é o único sobrevivente, aparentemente, da cidade de N.Y, sendo suas únicas companhias, a cadela Samanta, que pertencia a sua filha e, estranhamente, manequins que ele próprio espalhou pela cidade como forma de não enlouquecer com a solidão extrema. No decorrer do filme, entendemos melhor os fatos que culminaram com a perda da família do coronel e com o total isolamento da cidade.
Discordo veemente sobre o ponto de vista de alguns colegas comentaristas. Will Smith não está abaixo da crítica neste filme, muito menos, parecido com personagens de outros títulos em que atuou. Nos vemos pelos olhos de Robert Neville, estando sozinho, sem sua família, mais a frente, sem sua única amiga, a cadela "Sam" e sem qualquer sinal de progresso em sua busca pela cura. Sua atuação denota o ínicio de psicose, de desespero por nada dar certo, de solidão por perder todos que amou um dia e sua frustração por não conseguir realizar seu maior objetivo.
Como ja destaquei, diferente de outros títulos do gênero, esse atua mais visceralmente, com o drama estampado na face, e por muitas vezes, não sabemos se alí é puro drama ou ação. Devo isso a atuação de Will, principalmente. Longe de ser algo como "Em busca da felicidade", mas com certeza, digno de ser salientado e louvado em termos de atuação dramática.
Alice Braga honra os brazucas com uma ponta no filme, sem erros e vai bem. Como acho esse filme similar em alguns aspectos com "Extermínio", fico com a impressão de que seria melhor abrir mão do CGI, e utilizar pessoas reais para atuar como os infectados. Tenho absoluta certeza de que daria mais veracidade e dramaticidade ao longa.
Em resumo, acredito que "Eu sou a lenda" atendeu bem as minhas expectativas, seja pela atuação de Will Smith, que me emocionou, principalmente no momento em que o doutor Neville é obrigado a se desfazer de sua mais fiel amiga (triste demais) seja pelo roteiro que é bem razoável e pelas cenas de ação que são bem dosadas implementando a estória nos momentos certos.
Um ótimo filme, eu recomendo!!!
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