Ao tornar-se conhecida por co-estrelar o blockbuster de 2007 “Transformers”, Megan Fox se tornou referência em sensualidade, graças à silhueta perfeita e sua beleza estonteante. E porque não dizer, tornou-se por este motivo a garota-sensação na época.
Agora em 2009, após a sequência de “Transformers”, a morena volta protagonizando este terror teen intitulado como “Garota infernal” (no original “Jennifer's Body”), tornando-a novamente o foco da vez.
Com certeza, essa foi a oportunidade de Megan Fox provar ser mais do que um rostinho (e corpinho) bonito. Por certo não decepcionou, mas também não passou de uma performance mediana.
Outra que ficou conhecida na mesma época que Megan, foi Diablo Cody, a ex-stripper que se “redimiu” da profissão se tornando roteirista, tendo seu debute muito bem reconhecido com o Oscar de “melhor roteiro original” por seu trabalho em “Juno”, película estrelada pela notável Ellen Page.
Desta vez, Diablo é responsável pelo roteiro de “Garota infernal”. O filme foi aguardado “em cólicas” por muitos, alguns para verem Megan em um papel promissoramente sexy, outros para confirmarem se o talento de Diablo foi sorte de principiante.
Adianto que o filme não é de todo banal, mas não merece ser visto pelos motivos acima. Primeiro, a sensualidade de Megan, mesmo com ela se insinuando desde a primeira tomada, está um pouco comedida e sombria (detalhe este nada estimulante pra mim). Já o roteiro de Diablo, absurdo e fetichista, não é de todo ruim, mas nada comparado à “Juno”.
A estória é sobre Jennifer, uma “cheerleader” de colegial popular e sedutora, que mexe com o imaginário da rapaziada do colégio. Como companhia ela tem sua melhor amiga Needy (Amanda Seyfried), uma loirinha permissiva e com pinta de nerd.
Certo dia, uma aspirante banda de rock ao chegar à cidade atrai a atenção de Jennifer, provavelmente envolvida pela idéia de se relacionar com um cara da “cidade grande”.
Ela e sua passiva amiga Needy vão até o bar no qual rolará a apresentação, chegando lá o local é tomado por um incêndio, e sem que perceba isso, por estar estaticamente cativada pelo vocalista da banda, Jennifer é salva por Needy que, após livrá-la de ser carbonizada, não consegue impedir que Jennifer vá embora com a banda numa van.
A partir deste ocorrido, eventos estranhos começam a acontecer, envolvendo corpos de garotos mutilados por aparentes mordidas.
Needy, na mesma noite do acidente no bar, presenciou dentro de casa uma cena um tanto sobrenatural de Jennifer, após sua volta do "passeio" com a banda, então, ela começa a ligar os pontos e por fim, deduz ser Jennifer a responsável pelos assassinatos, tendo logo após a confirmação pela boca da própria, quando esta confessa ter sido vítima de um ritual satânico feito pelos roqueiros.
Os integrantes da tal banda de rock, certos de que por via do tal sacrifício conseguiriam fama (e conseguem!), erram na escolha da oferenda por não ser esta virgem, e como consequência abrem espaço para o aparecimento de um demônio no corpo da jovem moça. E agora, para manter-se forte, a criatura precisa se alimentar. Qual é o cardápio? Obviamente, garotos.
Como resultado desta aventura pode-se esperar mortes, sexo e muitas tiradas cômicas.
Bom, a meu ver a maior injustiça do filme é que Megan Fox leva todos os louros do longa, quando, na verdade, quem brilha é Amanda Seyfried, a Needy da estória.
Megan apresenta uma boa atuação, embora, para quem seja consideravelmente bonita não há dificuldade em instilar sensualidade, enquanto Amanda tem mais expressão e uma representação mais precisa.
Já no que diz respeito ao roteiro, o talento de Diablo é irrevogável, porém, a inclusão de humor nos diálogos, apesar de inteligentes e afiados, compromete o terror, deixando uma pérfida impressão no tocante ao gênero.
Os adolescentes – como público alvo – serão brindados com uma trilha sonora condizente à idade deles e um clima sugestivamente picante, preenchido por uma beldade de idade adulta, interpretando uma adolescente (fato muito comum em seriados) mais que oferecida. Um prato cheio pra galerinha dos hormônios.
Por outro lado, sob uma visão não tão otimista e pouco apaixonada, o filme não cumpre o que promete por meio do thriler, o desenvolvimento também é meramente superficial, a fórmula não é original, não assusta, e a cena mais marcante, absolutamente, se dará pelo beijo super caliente de Megan e Amanda (pura apelação já que não acrescenta nada à estória)...
No mais, filmes assim ganham evidência por mostrarem ídolos adolescentes fora de papéis que os consagraram. O mesmo ocorreu com Vanessa Hudgens em “High School Band” e Zac Efron em “17 outra vez”. Só existem para angariar mais fama aos astros teens. E a bola da vez é Megan Fox.
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