O que faz de Adam Sandler um sucesso? Talvez essa seja a pergunta que muitos se fazem após ver o ator emplacar sucessos atrás de sucessos nos cinemas. Sandler não é do tipo atraente, tampouco tem um corpo que seja alvo de cobiça pelas mulheres. Sem os ítens principais para triunfar na esteriotipada hollywood, o ator consegue seu público através de seu carisma inigualável - sem contar o talento para interpretar mocinhos em papéis como por exemplo o de "Click".
No filme, Sandler entra na pele de Michael Newman, trabalhador atarefado que vê num ‘controle remoto mágico’ a grande chance de dar um jeito na sua vida. No entanto, a medida que Newman se encanta com o controle (que cá entre nós seria uma maravilha!) e passa a usá-lo frenéticamente a todo o momento, uma série de consequências passam a figurar no cotidiano do personagem, que, desta maneira, se vê encurralado pelos poderes mágicos do micro-aparelho.
Se existe um ponto positivo em "Click" é o seu roteiro bastante seguro. Em momento algum Steve Koren e Mark O’Keefe (roteiristas) deixam a peteca cair. Assim, eles conseguem manter um ritmo tranquilo e agradável para a trama - que em nenhum momento se perde nem precisa ficar dando voltas para se firmar com o espectador. Ressalva positiva também para o diretor Frank Coraci, que assim como os roteiristas, executa a obra de maneira simples, bem ao estilo de Adam Sandler.
Falando nele, mais uma vez o ator consegue um personagem cativante e carismático. No auge dos seus 42 anos, Sandler é mestre nesse aspecto. Impressiona sua capacidade de interpretar diversos papéis dentro de uma mesma fórmula (Como Se Fosse a Primeira Vez e o próprio "Click" figuram entre os exemplos); mas como assim? Como dito no início, em grande parte de seus filmes ele é o mocinho, que enfrenta diversos obstáculos e luta em prol de um objetivo. No final (que na maioria das vezes é feliz) existe sempre aquela mensagem bacana, que emociona o espectador. Adam Sandler faz esse tipo de trabalho com primor, e, respondendo ao questionamento inicial, talvez seja por isso que ele consiga tanto retorno em seus trabalhos.
Como nem tudo é perfeito, "Click" também conta com defeitos. O grande erro, que para mim faz a trama perder toda a magia, é o final. Pois é! Até entendo que o final é a parte mais árdua de se executar, já que é bastante difícil agradar a gregos e troianos; mesmo assim, tenho certeza que o último ato de "Click" decepcionou grande parcela do público. Frank Coraci tinha tudo para terminar o longa de forma primorosa e com um final excelente, no entanto, o diretor escolheu a fórmula mais preguiçosa e acabou fazendo um fim água com açucar - absolutamente sem graça.
Apesar desse ‘pequeno’ deslize, o filme é daquele tipo que agrada a todos. Diverte quando precisa divertir e emociona quando tem que emocionar - típico produto comercial voltado para as grandes massas. Ainda assim, o grande trunfo de "Click" é Adam Sandler, que repete o bom desempenho de trabalhos anteriores e nos entrega uma obra competente. Sorte de seus seguidores, que têm quase duas horas de entretenimento garantido.
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