Cineplayers Entrevista - Praça Paris
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Vencedor do prêmio de melhor direção de ficção e melhor atriz na última edição do Festival do Rio, Praça Paris estreia essa semana no circuito comercial brasileiro e traz a história do convívio de duas mulheres, de realidades distintas. Com roteiro de Rapahel Montes, autor de diversos romances policiais e estreante no cinema, o filme coleciona ainda o prestígio de outras premiações internacionais. O Cineplayers foi conferir a cabine de imprensa de Praça Paris e aproveitou a oportunidade para conversar com a diretora, o roteirista e a atriz Joana de Verona, intérprete da personagem Camila. Confiram abaixo detalhes da entrevista.
Cineplayers - Praça Paris recorre a dois temas recorrentes em sua filmografia. Um deles é o da mulher enfrentando à seu modo alguma situação desafiadora, e o outro é o contraste de olhares de culturas diferentes, países diferentes, sobre um mesmo assunto. Na visão da senhora, como esse filme acrescenta à sua filmografia?
Lúcia - Eu acho que a realidade muda. Nesses trinta anos que eu faço cinema, desde que Te Bom Te Ver Viva, considerado como meu primeiro longa, muito mudou. E em certo sentido, a maior parte deles trabalha sobre a questão da violência e sobre a questão do olhar do outro – estrangeiro ou distante. E a realidade muda, e à medida que a realidade vai mudando, você vai buscando outras coisas. Eu acho que é interessante esse filme por ser um filme de gênero também, coisa que eu nunca tinha feito, por isso também que eu chamei o Raphael para trabalhar comigo, o que foi muito bom, e porque aprofunda uma situação que a gente está vivendo, que em um certo sentido explodiu sem que a gente pensasse que ia explodir da maneira como foi. Ele é muito presente no que a gente está passando hoje, não somente no Rio de Janeiro. Eu acho que essa questão de como é que o medo faz uma pessoa que tinha a maior das boas intenções, que vai perdendo isso e se transformando em uma pessoa cada vez mais racista, perversa e responsável por uma série de tragédias.
Raphael - Eu tenho a impressão de que, trabalhando com a Lúcia, é muito interessante você ver uma cineasta com a filmografia que ela tem, como você mesmo disse, que ainda ela mesma tenha um olhar pro outro. Ou seja, a gente não se conhecia, a Lúcia um belo dia leu uma matéria minha no jornal sobre mim, sobre meus livros policiais e conseguiu meu telefone e entrou em contato...
Lúcia - Eu li o livro antes.
Raphael - Leu o livro antes, gostou e aí entrou em contato. Ou seja, uma cineasta que já tem a história da Lúcia não precisa ter esse olhar para o que tem de novo acontecendo aí no mundo. Mas tem, felizmente. Que bom que tem, e eu acho que isso faz diferença, essa vontade de não se acomodar. Durante o nosso processo criativo, eu lembro que eu saía da zona de conforto e Lúcia, com toda a história dela, também sai da zona de conforto dela. E é muito legal isso.
Cineplayers - O filme trata de assuntos delicados, como o abuso e a violência doméstica. Ultimamente, a questão da violência contra a mulher tem sido um assunto cada vez mais discutido. A senhora acredita que o cinema seja uma forma de discutir e até mesmo combater esse problema social? Qual o poder de um filme no combate a esse tipo de violência?
Lúcia - Primeiro, eu não considero Praça Paris um filme sobre o abuso sexual. Aliás, uma das grandes vantagens de Praça Paris é ter várias camadas de discussão, e a questão da violência contra a mulher está ali presente. Eu acho que o cinema não se propõe, não deve ser propor a mandar mensagens, mas acho que ele é um instrumento incrível de reflexão, entendeu? De fruição e de reflexão. Então com certeza, na medida em que você coloca essa discussão ali, você está permitindo que o espectador viaje nessa questão.
Raphael - Uma coisa que nós dois desde o início conversamos era como a gente abominava a ideia de um cinema ou da arte didática, ou seja, aquela feita para passar uma mensagem e apontar o dedo. Em vez disso, é mais interessante incomodar. Felizmente, a gente tem visto que as pessoas saem razoavelmente incomodadas e refletindo e acho um grande ganho. Porque nesse tempo, nessa vida que vivemos, a gente tem pouco tempo de parar e pensar.
Lúcia - E de surpreender também. Eu acho que o filme tem que fazer isso. Tem que te deixar ansioso, preso.
Cineplayers - O filme revela muito mais sobre o passado da Gloria do que sobre o da Camila. Isso tem a ver com o fato do público ser mais familiarizado com a realidade de Gloria, pelo fato de Camila ser estrangeira?
Lúcia - Desde o roteiro isso era coisa certa, pode ser que tenha se aprofundado um pouco na filmagem à medida que a Grace (Passô, atriz que interpreta Glória) deu uma dimensão incrível à personagem dela e cresceu bastante na filmagem. Mas acho que desde o roteiro estava presente.
Raphael - Estava presente, mas é curioso. Quando o processo começou, a Lúcia já tinha a ideia do filme e ela tinha até muito mais a ideia da história da Camila do que da Glória. Foi interessante, ela tinha pensado muito em qual era o passado da Camila, essa portuguesa que vinha pra cá estudar o quê, tratar pessoas que trabalhavam no prédio da universidade, então tudo isso ela já tinha. E o da Glória a gente foi criando junto. E talvez porque o da Camila era tão já embasado, a própria personagem já existia por ter esse passado, isso no roteiro foi entrando no roteiro de maneira talvez mais sutil. O da Glória não, é um passado comas viradas apontadas.
Lúcia – Desde o início o passado da Glória em detalhes já estava no argumento. Como encadear isso é que foi a grande dificuldade do roteiro.
Raphael - E a da Camila foi naturalmente.
Lúcia - Eu acho que a da Camila é mais fácil de você perceber talvez.
Cineplayers - É verdade, você deduz a relação dela com o passado.
Lúcia - Na verdade a Camila tinha uma história maior porque esse filme tinha uma primeira versão há 25 anos atrás. Ele era metade anos 1920, metade agora. Iria trabalhar com a questão da reprodução, como este país reproduz desigualdade, reproduz essa loucura de querer transformar o Rio em uma outra coisa, que é o pano de fundo dos anos 1920 e é também agora com as olimpíadas...
Raphael - Com as obras que são muito presentes no filme.
Lúcia - As obras são personagens no filme. Isso também desde o início estava presente porque tinha essa divisão que acabou caindo, acabei resolvendo só fazer a parte contemporânea, mas esse passado dos anos 1920 ficou lá, na avó, na própria Praça Paris, em algumas fotos que aparecem na exposição dele (o namorado da personagem Camila, um fotógrafo). Talvez seja mais imagético.
Raphael – É, um passado mais imagético. É isso, exatamente.
Cineplayers - Enxerguei em Praça Paris uma mensagem sobre o saber enxergar a realidade do próximo, mesmo não compartilhando dessa realidade. É possível, em um período de tanta falta de diálogo e empatia, que, por exemplo, uma pessoa de classe média alta, branca, estudada, consiga de fato entender a fundo a realidade de alguém da periferia, negro, que sofre na pele todo o tipo de injustiça e violência? O cinema tem algum papel em abrir nossos olhos para outras realidades para além do mero superficialismo, da mera representação?
Lúcia – Eu acho que o filme trabalha justamente sobre essa questão do medo, que é uma questão muito presente hoje. Tinha coisas no roteiro que acabaram caindo na edição final como, por exemplo, a Camila passando por um assalto. Era um ponto de inflexão no roteiro porque ela tinha pela primeira vez vivido violência e ali mudava tudo. E, depois, discutindo, a gente acabou, e o próprio Raphael concordou com isso, que era muito mais importante o contato dela com a violência estar sempre indiretamente. Para mostrar um pouco isso, como é que a loucura se dá, como é que esse processo de transferência se dá de forma tão alucinada. Ela não teve nenhum contato com a violência, ela via na internet, ela sabia por que a Glória falava, ela imaginava muito e começou a imaginar cada vez mais e nisso foi perdendo o controle, e nisso foi perdendo a empatia, e nisso vai se transformando numa pessoa racista e perversa. Eu acho que o que a gente tá levantando ali é uma bola, do quanto que a gente é incapaz de ver o outro e o quanto que esse medo nos toma, e não a realidade. A classe média privilegiada de hoje, o contado dela com a violência existe, mas é muito pouco. É basicamente um contato através de televisão, através de internet, através de jornal e através do contato que você tem com as pessoas que moram nas comunidades, nas favelas, que contam histórias e que você vê que estão morrendo todo dia.
Raphael - E aí alimenta o medo.
Lúcia - E o medo que fica em você é o medo do outro.
Cineplayers - É sintomático no cinema brasileiro falar sobre a desigualdade social, o que isso provoca, a violência que há por trás disso. Na hora de conceber o filme, de planejar, como vocês procuraram criar uma abordagem própria, ir por algum caminho que já não tenha sido tão explorado em filmes anteriores? Como vocês encontraram um meio de tratar desse tema comum de uma maneira particular?
Lúcia - Fazer um thriller foi uma maneira de abordar de forma diferente. Por isso que eu cheguei no Rapahel para trabalhar comigo.
Raphael - Eu acho que essa foi uma boa sacada.
Lúcia - Quando eu tive a ideia, há 15 anos atrás, a partir de um fato real, que foi uma psicanalista que eu conheci e que estava vivendo essa experiência com jovens de classe média/alta brasileira, e que não estavam segurando a onda com pacientes pobres e com um histórico de violência, surgiu um interesse. Quando ela me contou, eu me lembro que na hora eu falei para ela que isso dava um super thriller, e eu nunca tinha feito um thriller, mas era interessante como a história permitia isso. E aí, permitindo isso, você leva o espectador a sentir medo, a participar daquela história...
Raphael - A ficar tenso assistindo ao filme. Você assiste às pessoas assistindo ao filme e elas estão tensas, como num thriller. Acontece. Eu lembro que eu falei para a Lúcia uma coisa quando a gente começou a trabalhar. Eu falei: “Lúcia, se a gente conseguir um filme de que nós dois gostemos, vai ser muito legal”. Porque nós temos gostos muito distintos, e isso só pode ser bom. Temos formações distintas e de referências distintas. Então se agente conseguir chegar num ponto tal que o filme seja algo que você reconheça como seu e ao mesmo tempo eu reconheça como meu, vai ser muito legal. E a gente tem a sensação de que chegou, não é? É muito legal isso. E a esperteza é toda dela, que me chamou, claro (risos).
Cineplayers - O filme foi premiado no Festival do Rio. A senhora foi premiada como melhor direção de ficção e Grace Passô como melhor atriz. Eu queria saber qual a importância e a projeção que um prêmio do festival de cinema de maior alcance no Brasil oferece?
Lúcia – É aquela história. Para um blockbuster, um bonequinho dormindo e uma crítica negativa não faz a menor diferença. Pra gente faz muita diferença. O prêmio faz diferença porque para esse tipo de filme é onde a gente começa realmente a fazer um trabalho, já que a gente não tem dinheiro para fazer grandes investimentos. Quer dizer, o trabalho da gente é junto a esse público em um primeiro momento, na premiação de festivais. O filme também ganhou vários outros prêmios depois desse, inclusive internacionais.
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Entrevista com a atriz Joana de Verona, intérprete de Camila
Cineplayers - Camila não é uma personagem que tem um passado tão explorado a fundo como é o passado da Glória. Eu queria saber como foi para você compor a personagem a partir desse passado mais aberto dela, transmitir as emoções sem ter aquele mesmo material que talvez a Grace teve com o passado da Glória.
Joana - Essa é uma ótima questão, obrigada por isso. Foi uma dificuldade que foi boa. Porque dá pra você dar uma rebuscada na criação, então eu construí que ela tinha uma grande referência feminina na família dela, que teria sido a avó. Daí a avó morta pelo Brasil violento instiga nela uma espécie de demanda, meio que uma “missão Ulisses” de vir pro Brasil e de traçar os mesmos passos que a avó dela no passado fez. Que no passado sofreu de forma drástica e acabou por morrer aqui e isso pesando como um fardo para ela, e não é algo consciente dela, mas na verdade ela tem algum receio de que isso possa acontecer. E que depois que ela tivesse uma vida bastante tranquila, e pacata, e com uma ótima qualidade, e segurança, como qualquer pessoa tem em Portugal a princípio. Filmamos cenas mais felizes dela com o namorado, que acabaram por entrar bem pouquinho. Ou seja, eu tentei construir uma personagem bastante curiosa, bastante alegre, alguém que vem com a força toda, com a energia toda, para um novo país, que se acha super enturmada da coisa, que sabe, para depois de toda a chapada que ela levasse eu a deixaria mais desarmada – afinal, ela não está sabendo de nada, não conhece nada, é um lugar que se transformou de uma coisa incrível para um zoológico, e ela virou bicho.
Cineplayers - Camila representa uma visão estrangeira sobre alguns problemas sociais de nós brasileiros. Gostaria de saber como a senhora, pessoalmente, enxerga a situação social do Brasil retratada no filme.
Joana - Eu acho que sempre que você vê uma realidade política diferente, há um olhar curioso. Mas a realidade é que um país como o Brasil, que tem umas marcas tanto de lugar quanto de pensamento, de fala, de ação, que tem uma ideologia, uma política operante que eu considero como um faroeste, é complicado. A minha posição sobre o Brasil nesse momento: eu estou preocupada com o retrocesso e uma desordem. Eu acho que a bandeira deveria ter um outro slogan. Em vez de ser “Ordem e Progresso”, deveria ser “Desordem e Retrocesso”, porque está grave. Estão acontecendo coisas absurdas, e com políticos que remontam uma ditadura de silenciar pessoas, para calar opiniões. Seja lá o que for, é uma coisa muito errada do ponto de vista humano, muito perverso, muito esquemático, horrível. Então, realmente, eu me sinto brasileira, eu tenho família no Brasil, eu nasci aqui, eu morei aqui, eu venho aqui todos os anos, eu me sinto parte de alguma forma desse lugar que me influencia, mas mesmo que eu fosse alemã ou africana, eu acho que não tem como não olhar com certa preocupação, raiva, frustração e uma grande tristeza. Cara, é uma país que todo dia você quer ir embora, e todo dia você quer ficar. Você quer viajar pra cá. Eu mesma fiquei louca, queria viajar, ver meus amigos, estar com o filme, mas penso: “Calma! Aqui tá tenso, tá pesado, calma.” Isso para um pouco o ímpeto. Então é muito contraditório, é um país incrivelmente belo, com pessoas maravilhosas, com determinadas artes, como a música, por exemplo, entre outras, que são inacreditáveis, uma natureza animal. E depois tem uma estrutura - ou não tem uma estrutura – política, social, organizacional, equilibrada, bem formada, não tem. Isso faz com que o Brasil se torne esse lugar muito contraditório e um paradoxo gigante.
Cineplayers - Lúcia é uma diretora muito boa com o elenco. Como foi a experiência de ser dirigida por ela, e como foi a experiência de contracenar com Grace Passô?
Joana - Eu amo a Grace, a gente ficou muito, muito amiga, foi muito bom trabalhar com ela. Eu me esquecia de interpretar as minhas falas, cenas, porque eu ficava só babando e olhando para ela. A gente ficou muito próximas, muito cúmplices, uma parceria muito grande. E eu aprendi muito com a Grace, observando ela, e ela é um ser maravilhoso com quem eu adorei trabalhar. Com a Lúcia também. E a Lúcia tem uma relação com a violência diferente da minha. É uma mulher de outra geração, uma mulher que cresceu em um lugar muito mais duro que o meu, porque eu nasci aqui, mas sempre morei lá (em Portugal), e é uma mulher que obviamente foi o que foi e teve o passado político e violento que teve. Incrível, meu tio brasileiro, no caso também fazia parte de um grupo de guerrilha, de luta, de radical esquerda, que também foi exilado, torturado, então eles se movimentaram nos mesmos lugares e nas mesmas épocas, isso foi bem curioso. Então é uma realidade que de alguma forma também está na minha família e que me é próxima. Essa relação que a Lúcia tem com a violência, que é diferente da minha, talvez mais “tuff”, resistente, pra mim foi bom. Eu gostei. Ela me impulsionou em alguns sentidos que foram bons pra mim enquanto intérprete para trabalhar nessa personagem. E ao mesmo tempo é uma diretora que delega muito aos outros. Delega a uma equipe de 95% de mulheres muito jovens, isso eu achei maravilhoso. Já fiz vários filmes, faço cinema há mais de 10 anos e nunca tinha trabalhado numa equipe tão feminina e tão jovem. E gostei muito que ela tenha delegado as competências do filme para cada departamento, isso mostra também sabedoria.
Cineplayers - Quais as diferenças de fazer cinema no Brasil e na Europa?
Joana – Uma vez eu fiz um filme em Paris que a equipe era equatoriana e francesa, e é muito chocante. Os franceses, meia hora antes do combinado, já tinham a câmera pronta pra filmar. Os equatorianos estavam bebendo cerveja uma hora e meia depois do início do set, então foi um caos. Assim como já fiz, por exemplo, filmes de faculdade, uma faculdade muito boa alemã, que foram a festivais e ganharam prêmios, mas que de repente são uma equipe de quarto ou último ano e já parecem profissionais. Eu adoro trabalhar no cinema brasileiro, eu acho que o brasileiro tem uma raiz cultural e artística muito única. Dentro do próprio Brasil, que são mil países e muitos tipos de cinemas diferentes, enquanto em Portugal, por exemplo, temos uma indústria muito menor. Fazemos coisas maravilhosas, mas ao mesmo tempo muito menores e muito mais parecidas. Aqui são várias viagens, são vários estilos, e isso é muito estimulante. É um set mais tranquilo. Eu poderia dizer que é um set menos organizado, mais caótico, mas a verdade é que não é mais caótico, e sim menos estressado. Na Europa, na França, na Alemanha, é diferente. Na Itália eu senti que é mais parecido com o Brasil. Pra mim, a Bahia e Salvador é um pouco como Nápoles. Acho que tem um jeitinho mais brasileiro de levar as coisas, mas deixar rolar, que eu acho interessante, pois eu não estava acostumada.
Cineplayers - Estamos em uma época em que mulheres da indústria cinematográfica de todo o mundo combatendo a desigualdade no ambiente de trabalho e as situações de abuso, qual a importância de participar de um filme também sobre desigualdades e violência contra a mulher?
Joana - É fundamental, é um lugar de reflexão importante. Tem uma função de mudar pensamentos, de quebrar preconceitos, de criar novos pontos de vista, de apresentar ao mundo outras realidades. É uma janela para aquela realidade, então é importantíssimo isso. Eu nunca tinha feito um filme tão feminino. Eu não me incomodo de trabalhar numa indústria masculina, porque talvez eu tenha tido a sorte de trabalhar com homens que são sensíveis e respeitadores. Curiosamente, não sei por quê, no Brasil eu só trabalho com mulheres. Até agora eu trabalhei com Larissa Figueiredo, Renata Pinheiro, a Lúcia Murat. Tenho trabalhado só com mulheres aqui, acho isso muito engraçado.
Cineplayers - Gostaria de saber seus projetos futuros no cinema, se há ainda o interesse de fazer cinema aqui no Brasil.
Joana – Estou com um espetáculo de teatro/dança em Lisboa e Porto, um espetáculo incrível, se chama Ensaio para uma Cartografia. Vai sair um filme agora que chama Pedro Inês, sobre reis portugueses, que é uma coprodução Brasil, Portugal e França. E talvez outras coisas que possam surgir, a gente espera, que ainda não embrionárias, que estão ainda em fase de arranque. Mas por enquanto, já perto de estrear, temos Pedro Inês, de Antônio Ferreira.
Praça Paris estreia no dia 26.04 no Brasil. Confira abaixo detalhes sobre o filme:
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