O filme começa com a família indo para Tailândia, discutindo sobre problemas banais, discussão bem colocada para uma futura reflexão de como os problemas do cotidiano são irrelevantes.
Chegando lá, o clima de serenidade, beleza e paz são essenciais para dar um choque ainda mais no que vem por vir. O diretor faz questão de focar no clima paradisíaco do lugar, nos sorrisos e principalmente, no mar. O filme começa e termina mostrando o mar, inicialmente sereno, depois disso, como vilão devastador.
Então acontece o tsunami, após isso, os seguintes minutos são de puro desespero do público. No cinema todos com a mão na boca, como se estivesse segurando um grito. As cenas em que a tela fica preta, como se a câmera fossem os olhos dos personagens submersos são piores do que os momentos de ação interrupta da fúria da água.
O diretor sabe muito bem como deixar o público com os nervos à flor da pele.
O filme não explora muito a mensagem que a trama poderia passar, apenas em pequenas situações, como a solidariedade crescente no filho mais velho, que só se inicia com os atos da mãe, mas depois se torna parte do menino.
Por sinal a interpretação de Tom Holland é impressionante, ele realmente passa emoção.
Um ponto negativo, mas necessário para não ser uma história prolixa, é o encontro e desencontro da família. Para uma história real, tal passagem, apesar de muito agoniante, fica artificial.
Enfim, com muita ação, emoção, técnica e efeitos especiais de primeira linha, "O Impossível" impressiona, mostra que é impossível entender uma catástrofe através dos noticiários. Tem pequenas falhas em algumas cenas, muitos clichés, mas o efeito que fica no espectador quando o filme acaba (notável no silêncio do público do cinema) supera qualquer coisa. Grande obra e grande lição de vida!
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