Primeiramente no Japão, um mangá é lançado em uma magazine com outras trocentas histórias. Fazendo sucesso através de uma central de pesquisas o mangá ganha uma tiragem solo. Posteriormente tendo boa vendagem também na revista única ai finalmente ganha uma produção em animação, o tão famoso Anime. Samurai X conhecido aqui no Brasil que originalmente possui o nome de Rurouni Kenshin ao lado de Dragon Ball é uma das histórias mais famosas do Japão e lembro que quando comecei a assisti-lo na rede Globo o que mais me surpreendeu foi o não corte dos vários duelos sanguinários, pois nos 95 episódios do anime é visto muito, muito sangue. Um fato que infelizmente as vezes acontece com mangás no Japão é o alcance do Anime as histórias das revistas, prejudicando não só o desenvolvimento dos episódios mas gera um pressão em cima dos escritores, nesse caso Nobuhiro Watsuki que acabou abandonando o projeto no volume 28 sendo assim o Anime a partir do episódio 63 não tem a supervisão nem roteiro de Watsuki ficando na minha opinião um lixo. Samurai X fez um sucesso mundial tão grande rendendo a franquia bonecos, cards e dois games.
Mas bem, vamos a adaptação cinematográfica do Anime que surpreendeu até o mais cético dos fãs. longa conta a trajetória do andarilho Kenshin Himura que, cansado da vida de assassino que levava – e que o fez ficar conhecido como o lendário Battousai – o Retalhador –, decide sair de forma errante, sem paradeiro ou destino, carregando uma cicatriz em forma de X no rosto. Kenshin toma essa decisão após a Batalha de Toba-Fushimi, fato verídico na história do Japão e que foi crucial para a derrota decisiva do Shogunato Tokugawa, força que o Battousai combatia. Esse sangrento período marca o final do feudalismo de Tokugawa e o início da Era Meiji, caracterizada por um processo de modernização política e social.
O live-action faz uma mistura bem elaborada de acontecimentos presentes na história original, sem focar em pontos específicos, permitindo uma linha de raciocínio geral, e não direcionada somente aos já “iniciados” no enredo. A trama também apresenta outros personagens já consagrados no anime/mangá, como Hajime Saitou (Yōsuke Eguchi) – combatente destemido, frio e de presença extremamente marcante, que comandou o batalhão do antigo regime na Batalha de Toba-Fushimi; o divertidíssimo Sanosuke Sagara (Munetaka Aoki), lutador de rua que ostenta uma espécie de “topete-crista-de-galo” bem curioso; o estridente Yahiko Myojin (Taketo Tanaka), órfão e estudante do dojo, e a bela Megumi Takani (Yu Aoi), descendente de uma família conceituada de médicos e que se vê forçada a trabalhar para um rico traficante local na fabricação de ópio.
A escolha do elenco foi acertada em todos os papeis e a direção em conjunto com a equipe de figurino fazem um retrato fiel das vestimentas de todos os personagens e também da direção de arte, recriando com fidelidade o Japão feudal da era Meiji. O personagem que para mim ficou mais parecido foi o Sanosuke de Munetaka Aoki. Mas então cara pálida, porque tua nota é apenas 7,5? Ora bolas, o filme não tem nenhum efeito especial revolucionário e a fotografia e trilha sonora também não despertam nenhum interesse maior ou algum processo que se destaque de alguma outra forma positiva.
Assisti Samurai X sem nenhuma expectativa aparente e fiquei levemente surpreendido, até porque o filme não contem nenhuma perversão com peitos e sexo que os japas tem. As cenas de luta muito bem coreografadas e empolgantes ajudam mais ainda ao fazer com que Rurouni Kenshin não seja apenas uma excelente adaptação, mas também um excelente filme de samurai, agradando até mesmo quem ainda não é fã de Kenshin, Kaoru, Sanosuke e todos os demais personagens que fazem essa história ser uma das mais cultuadas por todo o mundo...
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