Lasse Hallstrom não tem meio termo é 8 ou 8, ame-o ou deixe-o... Responsável por grandes dramalhões mexicanos, de suas 15 obras, apenas 3 não são romances ou dramas e desde de 2010 pra cá se especializou em adaptações das obras literárias de Nicholas Sparks, outro que adora uma história romântica, onde começou lá em 95 com Diário de uma Paixão(The Notebook). A quem diga que Hallstrom apela demais para golpes baixos e clichês tentando a qualquer custo comover seus espectadores. De certa forma eu concordo com essa afirmativa, mas "Regras da Vida" foge a essa regra...
Baseado no best-seller de John Irving, é a história de Homer Wells (Tobey Maguire), um garoto sem parentes que passa a ter como mentor um médico de um orfanato, Dr. Wilbur Larch (Michael Caine). Larch ensina a Homer tudo o que sabe sobre medicina e a diferença entre certo e errado, mas nunca o ensinou as regras da vida propriamente ditas. Quando Homer sai para descobrir o mundo, ele é mais excitante do que jamais imaginara, especialmente quando se apaixona pela primeira vez. Entretanto, quando é forçado a tomar decisões que irão influir para sempre em sua vida, percebe que no final das contas não pode fugir de seu passado...
Indicado a 6 Oscar's venceu 2: Roteiro Adaptado e Ator Coadjuvante para Michael Cane, seu 2º de um total de 6 indicações. Caine sempre trás elegância e dignidade para seus papéis. Seus prêmio é indiscutível, aqui, está extraordinário como o médico de princípios firmes e coração imenso que dirige o orfanato escondido no interior da riquíssima Nova Inglaterra. A voz com que ele, como narrador, abre o filme já dá a dimensão do que o espectador vai encontrar. E a saudação que ele dirige toda noite aos órfãos, miseráveis criaturinhas, espelho mais triste das contradições das regras da vida – “Boa noite, príncipes do Maine, reis da Nova Inglaterra” – com certeza será difícil de esquecer...
Theron empresta sua beleza para Candy Kendall e só, já Tobey Maguire é apenas razoável também. Sua única atuação que me agrada é em "Entre Irmãos". Delroy Lindo, Paul Rudd e Paz de la Huerta não brilham mas também não comprometem o resultado final...
O figurino da época está impecável assim como a montagem, trazendo agilidade para o longa. A trilha sonora também não deixa a desejar, emocionando na hora certa com seus melosos violinos...
A película é drama e comédia...Todos eles estão certos. O filme é tudo isso. Quem quiser vê-lo como a história de um triângulo amoroso entre jovens também pode, sem problemas – e a história do triângulo é interessante, e mostrada com sensibilidade. Quem quiser vê-lo como um testemunho das absurdas desigualdades sociais, à la Dickens, também pode. Mas, basicamente, é um filme sobre a orfandade, o nascimento e a existência de crianças rejeitadas pelos pais, aborto e escolhas... Mas acima de tudo é uma fita sobre superação...
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