Ah, continuações! Precisamos delas não é mesmo? Se o primeiro filme gera grana, sucesso e fãs, precisamos pela curiosidade, revisitar aquele universo que nos instigou e nos conquistou. Bem, nem sempre. Ah, continuações! Se der certo vamos fazer outro filme, principalmente se for de terror. Ora, geralmente esses filmes, feitos na marra e com baixíssimo orçamento se derem certo meu amigo, aí o fight 2 é quase que uma certeza universal, como a certeza de que o Pelé é melhor que Maradona. Mas, rapaz e os lixo? A história de "O Exorcista", tanto do filme quanto do livro, não tinha brechas para continuação, mas queremos dinheiro! Queremos ver Regan possuída por Pazuzu novamente e deu merda meu velho... Ou melhor, deu um enxame de grilos. "Sexta Feira 13" podia ter parado no primeiro também meu camarada, mas não! Precisamos ver Jason Vorhees se tornar um ser imortal que mata até no espaço. Temos Mayers, Freddy, Cernobitas, Samara, Atividades Paranormais e até a Bruxa de Blair meu velho deu as caras de novo. Até o Djinn, aquele gênio que não é tão legal quanto o do Aladdin (bicho rimou!)deu as caras novamente, afinal 'O Mal Nunca Morre'...

Em "O Mestre dos Desejos" tínhamos uma boa história, com o gênio aprisionado lá na era persa, que tinha feito o pau quebrar por lá, sangue, vísceras e os cambau a quatro, porém tinha um feiticeiro/mago em seu caminho que o aprisionou, graças aos Deuses! Ou Deus, sei lá! Liberado acidentalmente, a sempre acidentalmente, por uma inocente e loira (loiras não se ofendam) voltou a fazer suas atrocidades, mas por um descuido dele, que sempre se aproveitou do descuido dos outros, fica aprisionado novamente, mas não pro muito tempo, porque se ficasse não teríamos esse filme. Na verdade foram dois anos né, o 1º filme é de 97 e esse de 99. "Wishmaster" não tem essa legião estrondosa de fãs assim como as outras franquias, mas viveu certos dias de glórias e louros financeiros ao redor do globo. Ganhou três continuações ao total e até um spin-off ora bolas! Passe longe do 3º e 4º filme, mas esse aqui merece ser visto, só por curiosidade e uma certa ociosidade se tiver aí...

O diretor do primeiro não é nenhum Bergman coitado, e não voltou pra dirigir a continuação. Nem o roteirista. Geralmente eles nunca voltam e a qualidade decai como seios de uma bela mulher aos 40 anos. Mas o venezuelano Andrew Divoff volta na pele de Nathaniel Demerest. Outra coisa que voltou foram furos no roteiro, mas numa quantidade muito maior, tipo um ótimo queijo suíço. Mantemos uma mulher como protagonista, porém ao invés de termos uma boa moça, igual ao primeiro filme temos uma ladra meio gótica, meio religiosa, meio Christina Aguilera. O interessante do roteiro que Alexandra Amberson que aprisiona Djinn nem é mencionada, nem como uma possibilidade de ajudar a nova protagonista, Morgana. Morgana libera Djinn quando vai roubar uma galeria de arte com seu namorado, que por causa duma bagunça quebra a estatua que ele estava aprisionado, seu namorado fica por lá baleado, ela foge e Djinn se apodera do cara e vai preso. Ele precisa de 1001 almas para dominar a terra e qual outro melhor lugar para negociar e barganhar do que uma cadeia hein?

Morgana foge com várias obras de arte e ao longo da trama nunca é mencionado se ela vive confortavelmente devido a roubos anteriores nem nada, mas tudo bem, da pra relevar isso Um pouco só. Depois de uma ida a igreja e poucos bons diálogos, somos apresentados a Gregory! Gregory é um padre meu velho, mair num é um padre qualquer, ele é bonito pra caramba, uma mistura de Brad Pitt + Ian Somerhalder + Chuck Norris! Ficamos sabendo que eles tiveram um relacionamento no passado, mas nada fica muito claro e depois em certo momento ele faz um secsu com Morgana cara, mas ele num é padre? Pois é, ele se rendeu tão fácil aos encantos dela que num da pra engolir e o cara ainda larga a batina do nada mano, eu pensava que pra desvirar padre era mais trabalhoso, mas aqui não! É só colocar roupas normais mesmo e vâmu lá desencapetar o capeta! Até mesmo Morgana muda rápido d+ o que em certo ponto é até bacana e aceitável, visto que ela precisa se 'purificar' para derrotar Djinn. No inicio podemos observar que ela usava roupas com um teor gótico e escuro e posteriormente quando ela confirma que Demerest não é desse mundo adota vestimentas mais claras e brancas.

Eu gostei mais de Holly Fields do que Alexandra Amberson no papel de protagonista. Ela não é só melhor atriz como é muito mais gostosa, parece que a produção enxergou potencial nisso é são várias cenas como Fields em traje curtos no filme, nossa ela é deliciosa demais da conta. Sobre atuações o restante do elenco continua ridículo, como no primeiro filme também, até mesmo aquele cara negro fortão que é agente penitenciário só empresta imponência mesmo, mais nada. Mas vamos ao que interessa a alma do filme(literalmente) e que aqui continua dando dignidade a essa salada de putaria sem controle: Andrew Divoff, que pode ser visto também em 'Lost' hein, continua com aquele belo sorriso monstruoso e sagaz em sua face, podendo ser reconhecido até mesmo quando ele está na pele de Djinn e os dois momentos que ele quebra barreira olhando para a câmera são geniais. Geniais mesmo.

Os dois primeiros filmes dessa franquia me lembram muito os dois primeiros da franquia "Hellraiser" pelo fato de mostrarem efeitos visuais muito bacanas, show de bola mesmo com tripas, vísceras, sangue e todo tipo de atrocidade legal, a sequência final no cassino é fantástica e existem vários outros momentos de enxerem os olhos de felicidade com truques e sacadas muito bem desenvolvidas. Coincidentemente o diretor desse filme dirigiu outra sequência também razoável de outro cara fodão, o Freddy. Jack Sholder é responsável por "A Hora do Pesadelo 2 - A Vingança de Freddy". Infelizmente a fita possui mais furos e buracos que uma rua do velho oeste em tiroteio o que compromete um resultado melhor da fita, mas de toda forma o filme é divertido, basta você estar disposto a embarcar nessa viagem, o que vai exigir um pouco de perspicácia e paciência de sua pessoa. No mais, eu ainda fico com os clássicos, porque no final, "O Mal Nunca Morre" não é mesmo, ah... Eu deveria ter ido ver o filme do Pelé...