Lucy (Scarlett Johansson) é a moça que, obrigada por mafioso a transportar uma droga no estômago, a absorve e se torna super-humana: ela passa a utilizar de 20% em diante de sua capacidade cerebral. Ao mesmo tempo, um professor (Morgan Freeman) explica a alunos teorias sobre o que o homem seria capaz de fazer se aproveitasse bem mais que a média de 10% dessa capacidade.
A cena inicial é ótima: compara o cerco dos mafiosos a Lucy a gueopardos caçando uma gazela. Começa aí a proposta de Luc Besson em situar o homem em contexto com animais, com a natureza, o tempo e o universo.
Se "Lucy" é um filme de ação, não deixa de ser metafísico, filósofico. Uma das mais claras referências que faz é a "2001 - Uma Odisséia no Espaço", seja na evolução do ser humano até um novo estágio de existência, seja no toque de dedos entre a "Lucy" humana-evoluída e a "Lucy" ancestral do ser humano, descoberta na África e que viveu há 3 milhões de anos. Qualquer semelhança entre o nome da personagem e a australopitecus não é coincidência.
Temos, aí, ecos de "2001"!!!
Essas referências intercaladas com ação bem dirigida formam um filme de qualidade, inventivo, que nos faz refletir um pouco. Mas seu ritmo é bem rápido, e não cadenciado como o de "2001". Característica, aliás, típica do diretor francês Luc Besson.
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