Matthew McConaughey ganhou o Oscar de melhor ator por sua atuação e Jared Leto o Oscar de melhor ator coadjuvante. O que se destaca nos dois é a entrega ao papel, não a atuação: tiveram que emagrecer bastante para interpretarem portadores de HIV. Coisas do Oscar, como quando premiou Nicole Kidman e seu nariz por "As Horas", em 2002.
O roteiro atropela várias passagens e se mostra inconsistente. O grande problema, porém, é que ao mesmo tempo que critica a "caretice" a partir do lobby das indústrias farmacêuticas, deita e rola no estilo de vida norte-americano, de forma maniqueísta e hipócrita: o mesmo homem que critica a indústria farmacêutica trafica e contrabandeia para enriquecer — em outras palavras, visa o lucro. Enfim, parafraseando o que o crítico Cássio Starling Carlos escreveu para "Um Homem Entre Gigantes": "seu herói, apesar dos pesares, acredita na América".
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