Blockbuster. O termo que hoje ouvimos a toda hora, traduzindo: arrasa-quarteirão, por quê? Devido ao espanto dos executivos da Fox ao verem filas que contornavam quarteirões nas semanas de estréia de Star Wars IV.
Sim, ninguém acreditava, nem George Lucas, nem a Fox, Martin Scorsese, Coppola, até mesmo Marcia Lucas perguntava a seu então marido o que ele queria fazendo um filminho sobre cavaleiros no espaço lutando com espadas luminosas. E então aconteceu o que aconteceu, se alguém conhece uma pessoa que não reconhece um sabre de luz, o Darth Vader e até mesmo a famosa música do Império, a Marcha Imperial, por favor me avise.
George Lucas mudou o rumo do cinema mundial utilizando da fórmula clássica, o menino orfão, cavaleiros salvando a princesa, mas utilizou principalmente de algo que muitos deixavam para trás, o som, gravou o filme em Dolby Digital Stereo, coisa que não eram todos cinemas que possuiam, e dessa forma conquistou crianças, jovens e adultos.
Aquele que no começo criticava Steven Spielberg por trabalhar dentro do sistema, que sempre criticou os estúdios (pois até mesmo Star Wars é considerado uma metáfora onde o Império são os grandes estúdios e Luke Skywalker (alusão óbvia a George Lucas) e Han Solo (Francis Ford Coppola) tem como tarefa destruí-los) acabou por criar a nova ascensão dos estúdios. George fez com que os sonhos de todos seus colegas acabasse, a partir dalí os estúdios só iriam querer filmes que rendessem como Star Wars rendeu, não haveria mais filmes de diretor, mas ele não estava nem aí, afinal, estava rico. Tinha em suas mãos um filme de peso, estúdio algum poderia controlá-lo, ele era George Lucas, criador de Star Wars, o filme em que ninguém acreditou, e ia se divertir muito apunhalando os estúdios, aquela seria sua vingança.
Se os blockbusters continuassem com a qualidade que Star Wars possui, se mais diretores ressuscitassem gêneros perdidos e criassem algo novo e com potêncial, essa revolução de George Lucas teria tornado o cinema algo muito mais interessante do que o que realmente aconteceu. Como muitos dos companheiros de Lucas falam, Altman, Coppola, Marcia Lucas, a platéia ficou burra. Não era mais como na época deles que as pessoas se juntavam para ver Blow-Up, o público ficou cada vez mais infantilizado.
Apesar da queda de qualidade em Hollywood que Star Wars proporcionou, a primeira trilogia (IV, V e VI) são filmes que os pais continuarão a mostrar para seus filhos de geração em geração. O segredo de Darth Vader, a Millenium Falcon, as tranças enroladas da Princesa Léia, os sabres de luz, tudo permanecerá na memória de todos durante anos e anos, de tão grandiosa que essa franquia provou ser.
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