Melhor teoria de universos paralelos aplicada que eu já vi e a melhor aplicação da teoria do caos até "Efeito Borboleta". Se existe uma mensagem em "Corra, Lola, Corra", é a de que não existe destino, nós o fazemos a cada pequeno ato que realizamos ou não.
Adorei o trabalho de direção, que soube fazer um ótimo jogo de câmeras simultâneas e travellings, ótimo trabalho de edição e montagem também, sem falar na grande trilha sonora. Todos esses três serviram para imprimir uma aura bastante frenética ao filme, que chega a tirar o fôlego. Podemos citar também as várias soluções estéticas bastante inovadoras.
Mas, certamente, o roteiro é o ponto principal desse filme. Uma história simples, mas contada de modo bastante ousado e sólido, aparte algumas poucas falhas (a maioria de timing). O ponto mais interessante desse roteiro brinca com a questão do déjà vu, interligando as diferentes partes da trama (como, por exemplo, na terceira parte do filme, quando o guarda diz que ela "finalmente chegou" - como ele saberia que ela viria? - e também quando Lola usa a arma de forma correta, pois aprendeu a manejá-la na primeira parte do filme). Afinal, "Corra, Lola, Corra" é uma grande brincadeira contada de forma bastante eufórica e atraente.
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