Quem já leu meu comentário de ATIVIDADE PARANORMAL sabe que eu adoro filmes simples, mas criativos. O primeiro JOGOS MORTAIS é um deles. Eu não compartilho a opinião de que esse é o único da saga que presta. Mas, com toda certeza, é o melhor pelo seu estilo.

Imagina você acordando em um banheiro velho e fétido, acorrentado com mais uma pessoa que você nunca viu na vida e um corpo de um homem que estourou a própria cabeça no meio do banheiro. De repente, você acha um gravador na privada que diz que, para um sair vivo, o outro terá que morrer. Eu acredito que essa seja a representação realista do medo e da tensão que filmes de terror precisam passar, mas hoje em dia a situação está bem precária. Um local fechado e a sensação de não saber nada de nada. Não saber quem te botou ali dentro, quem está acorrentado junto a você, o porque do homem ter estourado os miolos.

Tudo isso se desvenda ao longo do filme, que só se passa dentro do banheiro, com alguns flashbacks das vidas de cada participante do "jogo". Sim, o indivíduo que trancou eles adora jogos. "Mas por quê? Qual é o objetivo?" Exato, sem respostas. Muitos acontecimentos são apresentados e o telespectador fica tentando jogar o jogo de Jigsaw, o "assassino" do quebra-cabeças. Digamos que ele/ela sequestra os participantes e observa eles se matando. Ele nunca suja as mãos, mas controla a mente dos outros.

O jogo de Jigsaw é: tente montar o quebra-cabeças até o final do longa! O que é meio complicado, mas muito divertido. Uma lista de possibilidades. Cada objeto do banheiro, cada flashback... Confusão total! E isso dá em um final totalmente fora de série, surpreendente e muito marcante, com uma música que todos que já assistiram devem se lembrar.

Enfim, JOGOS MORTAIS é um filme bem simples, mas que deu certo, assim como BRUXA DE BLAIR e ATIVIDADE PARANORMAL, que viria a ser lançado 3 anos depois. Uma trama intrincada, atuações convincentes, uma montagem ótima, trilha sonora perturbadora... O que mais podemos pedir em um filme de terror?

"Eu quero jogar um jogo!" Essa frase ficará marcada por gerações!