Quando pensamos em animações nos vem na cabeça os desenhos (em especial os da Disney) onde normalmente esse gênero é considerado livre para todas as idades e nesse mundo criativo e surrealista da animação é a nossa principal fonte de fuga de uma sociedade problemática cheia de violência não só para as crianças como de uma certa forma para nós, pois no mundo animado o bem sempre vence o mal não importando suas dificuldades para essa vitória não é verdade ?
Porém alguns cineastas usaram o ramo cinema para mostrar exatamente o oposto as dores e os problemas que a sociedade vive ou já viveu uma maioria mostra isso de forma superficial já outros conseguem nos mostrar essa realidade sem cair no clichê e no melodrama Ari Folman com seu Valsa com Bashir é um deles.
O filme conta sobre o próprio cineasta que ao conversar com um amigo que teve um sonho de 26 cães sedentos por sangue persegue esse amigo e ele acha que o sonho esta ligado a guerra do Libano nos anos 80, mas o problema é que Ari não se lembra de nada no período a não ser em uma lembrança onde que vários garotos de 19 anos estão indo em direção ao litoral (está cenas é realocadas em algumas cenas do longa) e a parti dai ele entrevista vários amigos que estavam na guerra e uma psiquiatra para ver se relembrava do que aconteceu naquele período basicamente o filme é isso.
Mas se o filme é isso porque o seu título é Valsa com Bashir se o filme não fala sobre valsa e principalmente com alguém chamado Bashir. A lembrança que seu amigo conta que pegou a arma de um outro soldado a força e começou no meio da rua a dançar valsa e lá estava cheio de cartazes de Bashir (um líder miliciano e político do Líbano, falecido em 1982, que foi eleito presidente do país, mas sequer chegou a assumir o mandato, pois foi assassinado antes disso, durante a Guerra Civil Libanesa) por isso o título além disso bem criativo não ?
Nas entrevistas que ele fez, a cada uma não deixa de ter diálogos filosóficos onde que nos faz pensar sobre o que esta sendo dito também não falta cenas de sofrimento e massacre que obviamente faz com que Valsa com Bashir não seja uma animação infantil até porque ele carrega o gênero documentário não é um filme onde que o bem vence o mal. Seus efeitos visuais junto com sua trilha sonora faz com que o filme carregue algo sofredor e ao mesmo tempo algo surrealista embora tenha certas cenas "engraçadas" elas não servem para você rir, mas talvez para acalentar o telescpectador e mostrar que apesar de toda a dor e responsabilidade que eles tiveram ainda teve alguns momentos até que alegres e isso faz com que Valsa com Bashir seja um filme raro que algumas vezes o telescpectador se sinta icomodado também não será um filme que agradará a todos.
O final realmente foi o mais chocante de tudo Folman poderia simplesmente ter mostrado seu personagem (ele próprio) terminando a entrevista e acabar por ai seria o mais obvio não ? Mas ele preferiu terminar de uma forma na qual seu objetivo era mostrar que a guerra trazia muito mais sofrimento do que se imagina então ele mostra cenas reais (sem animação) sobre mulheres gritando e chorando por ter perdido seu entes queridos e o corpos das pessoas (de todos os tipos) mutilados jogando uma carga de revolta e emoção para quem está vendo o filme, por mim aconselharia que assistissem embora eu sei que nem todos iriam gostar de Valsa com Bashir.
Nota: 8.5
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