Bela escolha em deixar aquela pequena margem de dúvida na culpa da funcionária, assim todas as ações das personagens se tornam discutíveis e questionáveis. A atuação de Benesch é soberba , a direção é muito segura e o clima de tensão é muito eficaz, todavia lhe falte aquele final com clímax mais contundente e menos aberto já que esta trama, ao meu ver, necessitaria de uma conclusão.
Envolve o público numa espiral crescente de tensão confinado ao espaço da escola. Quanto mais a professora tenta desvendar o mistério doa roubos, mas complexa a teia de relações entre as pessoas daquele ambiente vai se mostrando.
Por mais que não tenha a pegada realista de trabalhos como "Entre os muros da escola", não se pode negar que İlker Çatak fez um trabalho muito bom aqui. Talvez o único defeito seja nos personagens secundários mesmo, mas a composição da professora protagonista e dos seus alunos, cerne do filme, é primorosa. Numa escola conservadora, temos a cena inicial já mostrando uma espécie de Inquisição sobre os alunos. Um primor
O filme tem vários momentos de tensão e o começo é muito bom. Mas a partir de uma parte ele não se sustenta muito bem. O roteiro é bom, trazendo várias discussões, mas não as desenvolve muito bem. Tem uma boa direção mantém a gente até o fim. Não digo que o final estraga, mas queria que não fosse tão aberto. A ótima atuação da Leonie Benesch é o que o filme tem de melhor.
Condensa uma série de fatos em 1:30h e acaba frustrando o telespectador. O filme é muito tenso e prende totalmente quem o assiste, mas simplesmente joga todos os problemas para o alto (ainda que propositalmente).
Gostei de como o filme consegue mostrar e nos passar a sensação de bola de neve, pois parece que qualquer escolha que a personagem faça, é fadada a gerar consequências que ela.jamais pretendera. Lembra um pouco os filmes dos Dardenne.