- 421º filme de 2.021! Visto em 08/11 (o 28º filme nacional do ano)...
- Bom...
- Os filmes do diretor Cláudio Assis são de difícil digestão, e aqui, mais uma vez, ele não abre concessão, embora seja um filme um pouco mais leve do que "Amarelo Manga" (2.002) e "Baixio das Bestas" (2.007)! Não é um grande filme, mas vale uma sessão principalmente por causa do ótimo elenco, encabeçado pelos magníficos Fernando Montenegro e Matheus Nachtergaele, os dois melhores atores do Brasil...
É o filme mais "limpo" de Assis, tanto em termos de imagem como de abordagem. Uma surpresa em se tratando de seu estilo pesado, e acaba sendo também uma obra que entrega bem menos do que promete, estruturada em uma premissa batida e desenvolvida de modo bastante previsível.
As reviravoltas são tão rápidas e convenientes, que mais parece estarmos assistindo a uma novela da globo, inclusive com atores padrão, embora com cenas um pouco mais picantes. O Jesuíta Barbosa cairia muito bem nesse filme, embora em termos de atuação, ninguém deixa a desejar. A trama para defender o território lembra um pouco o "Aquarius", mas um pouco menos visceral. Irandhir e Montenegro realmente são acima da média.
O filme toca em uma ferida necessária e aberta sobre o urbanismo especulativo e os ossos que jazem solapados pelo progresso desenfreado, o que serve pra Recife e pras varias outras metrópoles. Tem também a lente sempre provocativa do claudio (a criança ludibriada pelo celular e pela realidade virtual é uma bela imagem da problemática do enredo) mas falta uma liga maior, falta algo no roteiro e em algumas atuações. Irandhir, como de costume, ta grandioso.
Claudio Assis realizando mais um exercício de paciência ao espectador. Trata-se aqui de um filme arrastado, longo(apesar de apenas 85 minutos) com uma narrativa parca,desconexa, onde nada acontece e que tenta, através da sua falsa aura poética, ser mais do que realmente é (haja saco). O que salva aqui são as atuações, principalmente de Irandhir Santos.